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O corpo da balconista Deisiele de Cássa Roque, de 33 anos, foi encontrado pela Polícia Civil de Poços de Caldas na tarde desta quarta-feira (14). A vítima estava enterrada em uma mata do bairro Souza Lima, zona rural da cidade, e possuía sinais de facadas.

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Policiais desenterraram o corpo, de acordo com indicações da suspeita
(foto: Mariana Negrini/Poços Já)

Deisiele estava desaparecida desde junho e, de acordo com a investigação, foi assassinada por Elaine Nascimento Coelho e Mislaine de Silva Lima, que pertencem à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A dupla foi presa durante a semana passada, na cidade de Passos, e desde então as duas foram interrogadas diversas vezes.

Segundo o delegado Cleyson Rodrigo Brene, Mislaine colaborou com a investigação e indicou o local em que a balconista teria sido executada e enterrada. As duas trabalharam juntas em uma lanchonete e a vítima teria uma dívida de R$ 6 mil com ela, o que motivou o crime. A outra suspeita morava em Passos.

Corpo apresentava sinais de facadas (foto: Mariana Negrini/Poços Já)

Além disso, também é possível que outro motivo fosse Deisiele dizer que pertencia ao PCC, apesar de não ser membro da facção, ao contrário de Mislaine e Elaine. Após ser sequestrada, no dia 17 de junho, a vítima teria sido “julgada” pelo PCC durante três dias.

Deisiele estava desaparecida desde junho (foto: redes sociais)

A polícia acredita que a execução tenha ocorrido no mesmo local em que o corpo foi encontrado, inclusive com a participação de outros suspeitos.”Testemunhas presenciaram a vítima entrando em um veículo com pessoas que levavam pás e picaretas”, contou o delegado Cleyson Rodrigo Brene.

Devido ao sexo da vítima e aos procedimentos da facção criminosa, apenas mulheres poderiam executá-la, mas isso não impede que algum homem tenha participado. “Nós acreditamos que existem outras pessoas envolvidas. Uma metodologia da facção criminosa é a utilização de conferências via celular, então pode ser que eventualmente os investigados não estivessem na cena do crime, mas participando via telefone”, explicou o delegado.