
Organizado pela Secretária de Saúde em parceria com a ONG Clube do Cão, o Seminário de Leishmaniose realizado nesta quinta-feira (10), no Espaço Cultural da Urca, reuniu 150 inscritos com o objetivo de formação de um ambiente de discussão e atualização sobre o tema.
Em Poços, de 2017 a 2023, foram notificados quatro casos de leishmaniose tegumentar (doença infecciosa, causada por vetor, não contagiosa), sendo um autóctone e três casos de pessoas vindas de outras localidades. Além de um visceral, que é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito em até 90% dos casos.
Para a técnica de laboratório da Vigilância Epidemiológica Leandra Suedt, a saúde única integrada com uma equipe multidisciplinar pode definir políticas públicas, legislações, pesquisas e implementação de programas para a prevenção e bem-estar da coletividade reduzindo os riscos para a saúde global. “As interações entre humanos e animais podem ser responsáveis pela transmissão de agentes infecciosos entre animais e seres humanos. Trazer o tema ao conhecimento é também uma forma de prevenção.”
A iniciativa ofereceu palestras voltadas aos profissionais da área de saúde e vigilância epidemiológica, propiciando um espaço de troca de informações e determinações de novas diretrizes no combate à leishmaniose na saúde pública. Temas como Vigilância epidemiológica das Leishmanioses, Leishmaniose Canina, Humana, Diagnóstico de Leishmania em animais, Leishmaniose Tegumentar nos Municípios da Superintendência Regional de Saúde, Cães errantes e impacto na ocorrência de leishmaniose, Flebotomineos foram debatidos nas palestras. Ao fim do evento foi realizada uma mesa redonda com os conferentes.