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Liberdade econômica

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“Quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele.”

Martin Luther King Jr.

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Em meio a inúmeras turbulências vividas no governo Bolsonaro, a maioria provocada pelo próprio presidente, esta semana seguiu para sanção ou veto presidencial a Medida Provisória 881, tida como MP da liberdade econômica ou minireforma trabalhista. A medida visa desburocratizar e estimular o empreendedorismo. Porém, cria formas de controle estatal, corrupção, redução drástica da fiscalização em saúde e segurança do trabalho, etc.

Como forma de aclarar o real fim da MP 881, o Ministério Público do Trabalho emitiu nota técnica. Argumenta artigo por artigo os riscos da aprovação do texto redigido pelo governo federal.

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Não se trata de contestar todos os atos do governo federal, pois a desburocratização é necessária no Estado Brasileiro, mas a forma como o assunto está sendo tratado estimula, inclusive, condições de trabalho análogas à escravidão, uma vez que setores com “risco menor” não serão alvos de fiscalização trabalhista.

A terceirização da inspeção aventada na MP nº 881, ato de responsabilidade do Estado, contribui para o aumento da corrupção, pois reduz a responsabilidade dos agentes fiscalizadores, além de possibilitar ao governo a contratação de empresas que não se comprometam efetivamente com a função fiscalizatória.

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Interessante pensar neste desmonte do sistema fiscalizatório no país que ostenta o vergonhoso 4º lugar no ranking de países com maior número de acidentes do trabalho. Aqui Vale destacar os atos criminosos ocorridos em Mariana e Brumadinho.

Também se verifica o intuito de dificultar que trabalhadores recebam débitos trabalhistas, uma vez que tolhe a desconsideração da personalidade jurídica e extingue a figura do grupo econômico justrabalhista. Estes dois pontos sempre foram alvos de eloquentes discussões no “mundo jurídico”. No entanto, o objetivo da MP é apenas um: dificultar a cobrança de débitos trabalhistas junto à Justiça do Trabalho e assim contribuir para a inadimplência e a exploração econômica.

Somos capazes de estimular a economia e o desenvolvimento do país sem que trabalhadores precisem morrer, se acidentar, tornarem-se escravos modernos ou não receber a devida e honesta compensação financeira por seu trabalho. O discurso é de que “não governarei com o viés ideológico”, no entanto, apenas o que se demonstra é justamente essa arca ideia de “guerra ideológica” e “luta contra o socialismo”. O presidente está, “ideologicamente”, uns 30 ou 50 anos atrasado.

*Davison Cardoso é advogado

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