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Olá queridos (as)! Hoje o assunto parece mais voltado para as meninas, mas já aviso que é muito interessante para os meninos também, afinal o feminino está em todos nós! Talvez você já tenha ouvido falar sobre o Sagrado Feminino, sobre o lado feminino do homem e sobre a conexão da mulher com seu próprio feminino, mas você sabe o que tudo isso significa e que importância tem para sua vida?

Muitas civilizações antigas idolatravam o poder associado ao feminino, em que a mulher possuía um papel sagrado na sociedade, baseado na valorização de sua capacidade cíclica, de reprodução e de criar a vida do próprio corpo. Com o passar do tempo, a dominância patriarcal trouxe uma desvalorização da presença feminina, fazendo necessário um movimento atual por esse resgate.

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Muitas mulheres me procuram com a necessidade de reconectar-se com sua essência, com sua autenticidade, sua intuição. Tomar consciência dos ciclos femininos e lunares (como o da menstruação), da capacidade de criação e acolhimento (gestação) e da força característica da mulher são importantes passos nesse processo. São práticas relativas ao Sagrado Feminino: honrar a energia feminina, suas ancestrais e a irmandade entre as mulheres (sororidade), despertar a feminilidade e sexualidade sagrada e a harmonização de tudo isso com a natureza.

Para conseguir excelentes resultados, eu costumo utilizar arquétipos nesses processos, alguns se referem ao universo masculino e outros ao feminino. Na psique do homem temos o arquétipo Anima, que corresponde à presença feminina inconsciente em cada homem, resultante das experiências vividas entre homens e mulheres durante todos os tempos da humanidade. Esta presença feminina atua sobre o inconsciente do homem, oferecendo-lhe possibilidades de sentir, perceber e atuar no mundo de forma a completar e equilibrar suas tendências masculinas. São habilidades e características de natureza feminina que podem ser incorporadas e desenvolvidas pelos homens, daí a importância de entender os aspectos saudáveis desse feminino.

Dentro dos arquétipos femininos, encontramos as deusas da mitologia, que, independente da sua nomenclatura, representam diversos aspectos femininos geralmente esquecidos ou bloqueados, carregados de ensinamentos. Podemos citar aqui: a Jovem que ensina a espontaneidade e a pureza, a Guerreira que instrui a defender e lutar por nossos objetivos, a Amante que mostra como lidar com a sexualidade e sensualidade, a Mãe que ensina a acolher e cuidar, a Velha que traz a sabedoria do tempo e a Sombra que nos convida a aceitar nosso lado mais oculto, trazendo luz para a escuridão interior.

Tanto para as mulheres quanto para os homens, além desses conhecimentos arquetípicos do inconsciente coletivo, a construção do feminino também se dá a partir da nossa história familiar e da relação que temos com a nossa mãe. Assim, o referencial materno consiste tanto da vivência que temos com a nossa mãe quanto da mãe interna que todos nós carregamos, e é nesse referencial que as mulheres se baseiam para se constituírem como mulheres e mães. É a busca por esse referencial que guia os homens para escolherem suas companheiras. Por isso é tão valoroso tomarmos consciência desses referenciais, de quão saudáveis eles são, pois assim podemos optar por reproduzi-los ou transformá-los em posicionamentos e escolhas diferentes.

Olhar, reconhecer o Sagrado Feminino e poder se conectar com essa fonte, compreendendo sua magnitude e tomando sua força e sabedoria para curar partes feridas de nós e da nossa história, permitem que nos libertemos de padrões de sofrimento e de amarras que nos impede de viver de forma mais consciente, integral, alegre e ampla.  O caminho não é fácil, mas é extremamente libertador!

*Daphne Rajab Cardia é psicóloga, formada na Universidade Vila Velha, MBA em Gestão de Pessoas pela FGV, Coach certificada pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Consteladora Familiar Sistêmica formada pela Hellinger Schule Brasil, especialista em desenvolvimento pessoal e profissional. Tem como missão de vida ajudar as pessoas a tomar consciência de si mesmas e alcançar a vida plena.