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O status da sua vida amorosa é “tá ruim, mas tá bom”?

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Dia dos Namorados chegando e que tal aproveitarmos essa data para um olhar mais profundo nos relacionamentos? Quem está sozinho quer encontrar alguém, mas também quem está em um relacionamento se queixa muitas vezes: “tá muito difícil encontrar uma pessoa legal” ou “assumir um relacionamento é muito complicado”. Você já disse ou ouviu isso? Pois é, de fato quando entramos em uma relação esperando que ela seja perfeita, idealizada, igual àquelas que vemos nos filmes ou contos de fadas, querendo que o outro nos complete e supra nossas faltas para podermos viver felizes para sempre, não vai funcionar.

Antes de compreendermos o que é um relacionamento saudável, vamos primeiro definir o que não é relacionamento. Relacionamento não foi feito para compensar nossas necessidades infantis e só pode dar certo quando ocorre entre duas pessoas com dinâmicas adultas. Mas o que é isso?

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Todos nós temos comportamentos infantis e adultos e depois que atingimos a idade adulta é como se tivéssemos uma criança interna, que em alguns momentos vem à tona. O problema é quando na maior parte do tempo o lado criança invade o lado adulto e prevalece sobre ele, caracterizando uma dinâmica infantil. Existem muitos adultos que ainda estão com referenciais de criança, “presos na infância”. Nesse caso, o lado criança deles fica procurando no parceiro um substituto para o pai e a mãe, e não um companheiro(a).

Para ficar mais claro, vou detalhar um pouco essas dinâmicas e sugiro que você aproveite para identificar em si quais comportamentos está tendo de criança e adulto, ok?

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A criança, para sobreviver, precisa ser cuidada pelos pais e fica envolta nos referenciais da família de origem, reproduzindo esses padrões de relacionamentos. Ela depende do adulto para suprir suas necessidades, não sabe como ganhar nem lidar com dinheiro, então precisa ser sustentada pelos pais. Uma dinâmica infantil é percebida, por exemplo, quando nos sentimos abandonados(as) pelo outro, quando queremos que o outro realize nossos desejos, que nos ame e proteja, que nos cuide e dê segurança, como se fosse responsabilidade dele nos prover isso tudo.

Também quando esperamos que o outro resolva nossos problemas e, se isso não ocorre, fazemos pirraça, assumindo um papel rebelde ou de submissão (obediência impotente), não nos responsabilizando pelos nossos atos e escolhas, culpando o outro pelo que nos acontece. Numa visão infantil, amar é fazer tudo pelo outro e esperar que o outro também faça tudo por mim, afinal é o companheiro quem é o responsável pela minha felicidade.

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Conforme vamos crescendo, nosso adulto faz as funções materna e paterna, que anteriormente eram dos nossos pais. Sendo assim, é o nosso adulto quem cuida da nossa criança interior. Gradativamente vamos deixando para trás os referenciais da família de origem e construindo referenciais novos, mais saudáveis. São característicos do mundo adulto: a capacidade de resolver problemas, se manter e dar conta de si, a sexualidade, a profissão, a independência e a autonomia financeira.

O adulto se relaciona com o mundo e com a família, com o universo afetivo e profissional, é ele quem passa a vida adiante quando tem filhos e cuida deles. A dinâmica adulta nos relacionamentos é percebida quando cada um cuida das próprias necessidades infantis e os dois juntos cuidam do relacionamento, agregam forças para objetivos em comum e projetos que vão construir, não exigindo do outro que atenda às suas expectativas, mas aceitando o(a) companheiro(a) como ele(a) é, em uma relação de parceria e cumplicidade. Entende que o amor só é possível com liberdade, com respeito mútuo à individualidade e história de vida do parceiro.

Assim como não existem seres humanos perfeitos, não existe relação perfeita, totalmente harmônica, sem divergências ou conflitos. Existem pessoas que querem ser melhores e estão dispostas a investir em autoconhecimento, autodesenvolvimento e na construção de relações saudáveis. Eu costumo dizer que são três entes envolvidos: você, o outro e a relação. Para dar certo, esses três elementos devem estar na mesma sintonia e com o mesmo propósito.

Você está preparado para construir um bom relacionamento? Por que motivo você busca se relacionar?O quanto você está de fato disposto a investir, se dedicar e cuidar de uma relação? O quanto você está disposto a se conhecer, cuidar de si e das próprias demandas para não prejudicar o outro e nem o relacionamento?

Adulto integra pai e mãe dentro de si e encara a vida com uma postura diferente, sabe o que quer, planeja e se mobiliza para conseguir isso, assumindo as consequências das suas escolhas e aprendendo com elas. Entende que é ele quem define a sua vida, ele é o responsável por tudo o que acontece e inclusive pelo que ocorre nas relações e sistemas em que faz parte, assumindo sua parcela de responsabilidade.

E agora, quem vai se sobressair nos seus relacionamentos, seu lado criança ou seu lado adulto?

* Daphne Rajab Cardia é psicóloga, formada na Universidade Vila Velha, MBA em Gestão de Pessoas pela FGV, Coach certificada pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Consteladora Familiar Sistêmica formada pela Hellinger Schule Brasil, especialista em desenvolvimento pessoal e profissional. Tem como missão de vida ajudar as pessoas a tomar consciência de si mesmas e alcançar a vida plena.

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