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Poços de Caldas

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Lira, a voz do Carnaval

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Fotos: Rossmaly/Seleções Carnavalescas

A música e o rádio se juntam na vida de Sérgio Alvisi, o famoso Lira. Ele é dono da grande voz do Carnaval, grave e melodiosa, que anima os foliões na Praça Pedro Sanches, de sábado a terça, a partir das 20h30. A reportagem da Seleções Carnavalescas foi até a casa dele para saber um pouco dessa história de sucesso na comunicação e no Carnaval.

Em uma das paredes da sala, Lira ostenta um mural com as camisetas de cada edição da Banda do Lira. A primeira apresentação do grupo foi no Carnaval de 2007, a pedido da então secretária municipal de Turismo, Maria Lúcia Mosconi. Aos poucos, essa se tornou uma das principais atrações da Folia poços-caldense, reunindo verdadeiras multidões.

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Grande apreciador do samba de breque, Lira recebeu esse apelido dos amigos. Isso porque ele sempre gostou de entoar o melhor da música nacional, é daqueles que cantam o tempo todo.

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Antes de ser cantor de marchinhas, Lira transmitia a festa como repórter. Antes de trabalhar no rádio, era folião. Ele sempre gostou dos blocos de rua e até já ganhou o concurso de melhor fantasia da Rádio Cultura. Era um figurino em dupla, em que ele era o médico que portava um machado e a placa “Operador Moderno”. O paciente ficava na maca, enfaixado e cheio de esparadrapos. Quando lembra da história, Lira abre o largo sorriso e conta que, depois de receber o prêmio, “o guarda veio e disse: esse machado não pode não!”.

Nas décadas de 70 e 80, Lira transmitiu o Carnaval como repórter das rádios Cultura e Difusora, junto do irmão Lázaro Alvisi, o Lólo. O relato é de áureos tempos, com grandes festividades nas ruas e a celebração luxuosa dos bailes no Palace Casino. “O Carnaval era muito interessante, davam prêmio para o carro mais distante, melhor fantasia, melhor folião. Era muito animado”, comenta.

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Essa foi a oportunidade que ele teve de frequentar os salões do Palace, já que os ingressos eram caros e apenas a elite poços-caldense e os turistas mais abonados frequentavam.

Hoje, Lira canta as marchinhas mais famosas, mas na memória dele vivem algumas que poucas pessoas conhecem, como História da maçã, Roberta e Fantasia de Buda. Essa última rendeu uma história curiosa. O caso aconteceu depois de uma apresentação do coral municipal (que hoje leva o nome da esposa dele, Selma Terezinha Furchi Alvisi), em Uberaba. O grupo cantou na igreja e, na saída, Lira entoou a marchinha. “Aí o padre falou: meu filho, não fala bobagem perto da Igreja, é pecado. Eu falei: padre, não é bunda não, é Buda!”, lembra às gargalhadas.

Moleque César

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Durante a conversa, sentado no sofá, Lira conta histórias de outro grande nome do Carnaval e do jornalismo: Moleque César. Personagem na história da Cascatinha, ele era músico, repórter do Diário de Poços e até compunha marchinhas. Uma delas era de protesto, mas engraçada: “Choveu, choveu, na Vila Cruz encheu; Quando chove lá na Vila é um chuá!; Só vai pra casa quem sabe nadar; Enquanto na cidade está chuviscando, na Vila Cruz já tem gente nadando!”.

Andando sempre de paletó e portando um lápis quadrado, Moleque César escrevia para o Diário de Poços, segundo Lira. Em uma das reportagens, caiu em uma cilada. A Caldense jogaria com o São Cristóvão, no estádio Cristiano Osório. Na intenção de prever o resultado e sem a intenção de ir a campo em dia de chuva, Moleque relatou um empate sem gols, com jogo sem graça e campo encharcado.  Ele até acertou o resultado, mas o jogo foi adiado e só aconteceu no dia seguinte.

O grupo

Além de Sérgio, a Banda do Lira é formada por Marcos Miguel (voz), Jean Mori (sax alto), Hélio Jacon (trompete), Carlos Paula (trombone), Júlio Vidigal (trombone), Fábio Santos (guitarra), Gilson Lucas (contrabaixo), Mateus Felipe (teclado), William, Geraldo, Vinícius e Renato (percussão).

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As marchinhas que o Lira gosta

A história da maçã

A história da maçã
É pura fantasia
Maçã igual aquela
O Papai também comia

Eu li num almanaque
Que num dia, de manhã
Adão estava com fome
E comeu a tal maçã

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Comeu com casca e tudo
Não deixando nem semente
Depois botou a culpa
Na pobre da serpente

Roberta

Alô, alô, roberta,

Perdi a chave, deixa a porta aberta,

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Não vá fazer como da vez passada,

Telefonei e não valeu de nada

Eu hoje vou chegar

Cansado do serão,

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Guarda pra mim

Uns pastéis de camarão

Fantasia de Buda

Este ano eu vou sair de Buda
A minha fantasia ninguém muda
Mexe o Buda pra cá
Mexe o Buda pra lá
O que eu quero é rebolar

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A minha fantasia de Buda
Foi um presente do sultão de lá
Mas se esse ano chover
A minha Buda
Vai encolher

 

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