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Ano eleitoral e o marketing 

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Todo mundo sabe que o marketing é essencial para a construção da imagem de um político e que ajuda e muito para angariar votos e, quem sabe, ganhar uma eleição. É por isso que, em ano eleitoral, as campanhas políticas tomam formas sólidas e ganham mais espaço nas redes sociais e mídias mais tradicionais.

O que muita gente não sabe é que existe uma diferença entre marketing político e marketing eleitoral. As diferenças mais significativas entre eles são a sua duração e sua finalidade.

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Isso porque o marketing político é realizado a longo prazo, para construir a imagem do político e também depois da conquista do cargo, quando o político eleito começa a exercer seu mandato e no geral tem um conteúdo mais informativo, com a ideia de informar sobre os feitos e planos do candidato e gerar uma imagem positiva.

Já o marketing eleitoral acontece em um período mais curto de tempo, é reservado ao período da disputa do cargo eletivo e tem como principal foco a eleição. Isso porque imagina-se que nesse momento a imagem já foi construída pelo marketing político ao longo de algum tempo. O conteúdo agora é mais persuasivo, com a ideia de induzir ao voto.

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Lei das Eleições

Nesse final de semana iremos às urnas e é importante se atentar se o seu candidato tem respeitado as diretrizes de marketing. A Lei que fixa as regras para as eleições no Brasil é a de número 9.504 de 30 de setembro de 1997, chamada de Lei das Eleições. Essa lei recebeu algumas alterações em 29 de setembro de 2015 com a minirreforma política sancionada pela então presidente Dilma Roussef e para as eleições de 2018, algumas alterações foram aprovadas pelo STF.

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O que é permitido e o que é proibido 

Durante o período de pré-campanha era permitido fazer anúncios no Facebook, gerar conteúdos informativos através da internet por meio de vídeos, posts e também informar sobre as propostas de governo do candidato. Nesse período o candidato poderia inclusive participar de programas de rádio e televisão e expor sua plataforma política.

Em uma campanha eleitoral – onde o candidato já foi determinado pelo partido -era proibido xingar e difamar candidatos de outros partidos. (Parece que essa parte foi esquecida, não é?)

O uso de cavaletes e de bonecos infláveis, assim como a fixação de propagandas políticas em árvores e jardins, são proibidos. São proibidos ainda brindes, apresentação remunerada de artistas, outdoors, trio-elétricos, alusão a órgãos públicos e a entidades públicas, abusos de instrumentos sonoros e abuso de poder econômico.

Em qualquer um dos períodos, seja o de campanha ou pré-campanha, era proibido propaganda paga na rádio e Tv. Ou seja, o candidato poderia ser convidado pelas emissoras ou outros meios de comunicação, mas não poderia pagar para que sua imagem e suas ideias fossem difundidas na mídia. Porém, era permitido pagar anúncios em jornais impressos, mas até somente dez anúncios ao longo de toda campanha até dois dias antes de toda votação. E o valor precisa ser informado ao eleitor.

Na internet é permitida a propaganda paga, também chamada de impulsionamento. Entretanto, ela não pode ser feita por pessoa física e a palavra “patrocinado” deve aparecer na publicação. Já no dia da eleição, próximo domingo, é proibido o impulsionamento de algum post.

Além disso, é sempre importante lembrar que é extremamente proibido pedir ou comprar votos. O candidato nunca poderá pedir voto de maneira explícita e nem usar propaganda privada para isso.

A lei ainda informa que, caso seja comprovado uso de propaganda privada para angariar votos, o candidato pagará uma multa no valor de 5 a 25 mil reais ou o equivalente ao valor pago na propaganda.

Uma mudança bastante significativa para esse ano foi a proibição de doações empresariais para a realização de campanhas políticas. A doação feita por pessoas físicas continua, mas agora é proibido receber dinheiro de empresas. Mais um ponto relevante é se atentar quanto à divulgação de pesquisas eleitorais. Segundo a lei, a divulgação só pode ser feita se a pesquisa for registrada nos órgãos responsáveis.

Mãos na massa

Entendendo todos esses direcionamentos é possível acompanhar a conduta dos candidatos, e agora, tão perto da eleição, entender como seu presidenciável se portou em relação às leis eleitorais. Isso também é importante para entender o posicionamento dele em todas as esferas e áreas.

É possível que seu candidato tenha escolhido fazer uma campanha multicanal, usando site, marketing de conteúdo e redes sociais. A partir desse material disponibilizado na internet você consegue entender a maneira como ele se comunica e a partir daí decidir definitivamente se ele é o que melhor representa suas ideias. Percebeu que tudo é publicidade e marketing, até política?

*Adinan Nogueira é publicitário, formado pela FAAP, mestre e professor universitário, diretor da Agência Cervantes e doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona em Lisboa, Portugal.

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