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MOSCONI | ‘A cidade precisa de um deputado federal’, diz pré-candidato do PSDB

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Mosconi foi secretário de Saúde do governo Sérgio Azevedo (fotos: João Araújo/Poços Já)

O médico nefrologista e urologista Carlos Mosconi já foi deputado federal quatro vezes e estadual por duas vezes. Exerceu diversos cargos ligados à área da saúde, seja no âmbito federal, estadual e municipal. Pré-candidato a deputado federal pelo PSDB, acredita que renovação é importante, mas que é preciso haver uma dose de experiência. Não se considera nem de direita nem de esquerda, mas de centro, e assim descreve também o seu partido.

Mosconi é entrevistado da série com pré-candidatos realizada pelo Poços Já Política. Confira a entrevista:

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Poços Já Política: Por que se candidatar a deputado?

Carlos Mosconi: Olha, uma série de fatores vai se somando, vamos dizer assim, uma conjunção de fatores. Primeiro, a cidade precisa de um deputado federal, é uma coisa que todo mundo reconhece. Segundo, o meu grupo deveria lançar um candidato do grupo como deputado para a eleição. Somos um partido, é natural que lance candidatos. Eu esperei que meu grupo tivesse um candidato e até cobrei: ‘quem é o nosso candidato? Deve ser outro, não eu, não precisa ser eu’. Aí disseram: ‘não, acho que tem que ser você’. Então houve aí essa conjunção de que o grupo precisa ter um candidato e de que o grupo achou que eu seria um candidato em melhores condições para disputar a eleição, então eu aceitei e sou o pré-candidato a Deputado Federal.

PJP: O senhor se considera de direita, de esquerda ou centro?

CM: Eu me considero de centro, nunca me considerei de direita, nunca fui de direita. Primeiro fiz política estudantil, entrei na política na época da ditadura, minha meta naquela ocasião era derrubar a ditadura, o que nós conseguimos. Então eu sempre tive uma visão política voltada para a questão social. A social democracia é o partido que eu abracei, não é um partido de direita jamais, pode ser um partido considerado de centro ou centro-esquerda, nunca de direita.

PJP: Quais as suas principais bandeiras?

CM: Eu sou um democrata. Então na democracia, acima de qualquer coisa, a liberdade, os direitos humanos e tudo mais, mas em razão da minha posição profissional, da minha profissão de médico, eu adotei muito a questão da saúde e a saúde é uma grande necessidade social do país, uma grande necessidade em todos os lugares do mundo. Eu adquiri uma experiência, adquiri muito gosto por essa luta política, acho que a saúde é realmente um tema importantíssimo no país. A saúde faz uma enorme diferença quando ela é bem praticada, quando ela é mal praticada é um desastre total. Enfim, eu me dedico muito a ela, nós criamos o SUS na Constituinte e foi uma grande vitória da Constituição, uma grande vitória do Brasil, e eu continuo nessa luta.

PJP: Como conciliar os interesses do partido e os interesses dos seus eleitores?

CM: Eu acho que isso muitas vezes se confunde. Qual o interesse do partido? O partido é para agir com a democracia, o interesse é pelo país ser desenvolvido, o partido quer ver a diminuição da desigualdade social no Brasil, que é gritante, eu acho que é um drama no nosso país. O partido caminha nessa direção e eu acho que o interesse dos eleitores também, que o país possa crescer, se desenvolver, possa ter geração de empregos, possa ter salários adequados, enfim, é isso que o povo brasileiro quer e precisa. Eu acho que o nosso partido vai nessa direção também e também levando em consideração a questão da educação. Ninguém pode fazer política no Brasil sem ter a educação como uma prioridade, que não pode ser só tema de discurso não, tem que ser realmente uma questão pra valer.

PJP: O que é mais importante para o senhor: legislar ou captar emendas parlamentares?

CM: Sem dúvida alguma, legislar. A função do parlamentar é legislar, a questão de emendas é uma atividade inerente também ao mandato parlamentar, que faz parte do parlamentar e é útil ao país, é útil para as cidades, é útil para as regiões e tudo mais, para os setores todos, saúde, educação, etc. Mas o foco da atividade parlamentar é legislação, o parlamento existe para isso, para poder criar leis, para poder aperfeiçoar leis, para poder criar leis de acordo com a necessidade do país, mudanças que poderão ocorrer aqui, ali. O parlamento tem uma função muito nobre ali dentro e muito grandiosa. Uma delas, que não é a principal, é a questão da liberação de recursos para as cidades e regiões.

A saúde é prioridade para o pré-candidato

PJP: Considerando as mudanças recentes, como a diminuição no tempo de campanha, qual sua estratégia para alcançar o maior número de eleitores e municípios?

CM: Conversando o máximo possível com os eleitores, de todas as maneiras possíveis. Hoje, tendo como uma base importantíssima a questão das redes sociais, acho que a campanha hoje é totalmente diferente, quem não entender isso não vai conseguir caminhar. A campanha hoje é feita de uma maneira muito mais ágil, muito mais rápida e talvez até muito mais inteligente, muito mais moderna, muito mais atual e com possibilidade de chegar a um número maior de pessoas, com mais facilidade. Naturalmente existe o reverso da medalha, as coisas também nem sempre são assim esse ‘céu de brigadeiro’, evidentemente, nesse setor, mas é importante que a gente saiba que essa é uma ferramenta importantíssima, não é mais aquela política antiga de se usar a compra de votos, coisas desse tipo. Isso acabou, isso não existe mais.

PJP: Poços passou os últimos anos sem representantes, inclusive devido ao número de candidatos nas últimas eleições. Você estaria disposto a se unir a algum candidato, ou abdicar de sua candidatura, pelo bem da cidade?

CM: Sem dúvida alguma, eu acho que sim, eu acho que tanto uma coisa quanto outra seria possível. A gente pensando no interesse da cidade, perfeitamente. Política se faz com grandeza, se faz com nobreza de princípios, se faz com desinteresse e se faz pensando principalmente na coletividade onde nós vivemos. Então, não pode prevalecer a vontade e a disposição individual desta ou daquela pessoa, deste ou daquele candidato, onde as vaidades vão se colocando e tudo mais, eu acho que não, é preciso que haja maturidade e nós estamos vivendo esse momento em Poços. Eu já até convidei alguns candidatos para que a gente pudesse ter uma conversa, a fim de que as coisas pudessem se afunilar para alguma candidatura só, o que tornaria mais fácil o resultado eleitoral. Não tive ainda êxito, mas espero que a gente possa caminhar nessa direção em benefício da nossa cidade e região.

Mosconi afirma que é favorável à reforma política

PJP: Qual o seu posicionamento sobre a reforma política?

CM: A reforma política é absolutamente essencial, nós vemos uma situação política no Brasil totalmente prejudicial, eu considero anti-democrática até. Quando existe a eleição todo mundo quer fazer a reforma política, aí chega no Congresso e ninguém mais quer. Por quê? Porque geralmente o partido dominante, para ter governabilidade, precisa fazer um governo de coalizão. Todos os pequenos partidos chegam nele, independente de posição ideológica, vão para o governo e aí cobram do governo a não realização da reforma política. É preciso que a nossa população cobre isso com mais intensidade e é preciso que a classe política entenda que não dá para fazer política assim.

Nós estamos aí com quase 40 partidos, muitos de aluguel, que são feitos para poder se colocar à venda no tempo de eleição: ‘eu tenho mais tempo de televisão, portanto meu partido vale tanto, vale x.’ X o quê? X reais. Isso não é possível, isso não é democracia. Você pode votar no candidato, no seu candidato e eleger outro, de outro partido, que não tem nada a ver nem com você e nem com o candidato que você votou, apenas porque tinha uma coligação. Coligação fica em cima de que princípio? De princípio nenhum, princípio de interesses. Então realmente eu acho que isso depõe muito contra a nossa democracia, contra o nosso sistema político, que precisa realmente de uma mudança.

PJP: O senhor é considerado um político tradicional, mas existe uma tendência de eleitores que buscam renovação. O que tem a dizer para essas pessoas?

CM: Eu acho que elas estão certas, uma renovação é sempre benéfica. Agora, não pode ter renovação pela renovação propriamente, só e pronto. A renovação com uma dose de experiência é válida, é benéfica. Você renovar o país de uma vez por todas, renovar o congresso de uma vez por todas, ela é temerária até, uns consideram que não seria a forma mais adequada de você poder melhorar as condições do país. Tirando aqueles profissionais que vivem nas mesmas teses, nas mesmas questões, sem nada de inovação, eu acho que essas mudanças são benéficas, mas a renovação com uma dose boa de experiência é bem adequada para um país como o nosso que precisa realmente de mudanças, mas também precisa de segurança para saber qual é a direção que ele vai tomar.

PJP: Qual a sua estratégia para que escândalos recentes envolvendo grandes nomes do partido, como Aécio e Azeredo, não prejudiquem sua campanha?

CM: Eu não tenho estratégia nenhuma pra isso. Eu vou fazer minha campanha, eu tenho a minha vida, eu sou ficha limpa, eu tenho quase 40 anos de vida pública, não tenho processo contra mim, absolutamente nenhum. Eu já ocupei cargos importantes, presidente do INAMPS (hoje INSS), que era o terceiro orçamento da união, fui secretário nacional de Assistência à Saúde, do Ministério da Saúde, fui secretário em Minas Gerais, de governos em Minas Gerais, fui presidente da FHEMIG e não tem um processo sequer contra mim. Portanto, eu sou ficha limpa. Eu me dou com essas pessoas, são do mesmo partido que eu. O Eduardo Azeredo está cumprindo uma pena, eu acho que ele ainda vai ter uma decisão talvez final, espero que tenha, porque eu acredito que ele seja inocente, apesar dele ter sido condenado.

Agora o Aécio tem problemas com a justiça e ele vai ter que responder por eles, por essas questões, ele vai ter que se a ver com a justiça. Eu espero que ele se defenda, que ele consiga, enfim, mudar essa posição em que ele se encontra, que é muito desconfortável para ele. O partido naturalmente teve um desgaste sim, sem dúvida, mas o erro não foi do partido, o erro foi dele e ele que tem que se ver com a justiça.



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