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GABRIEL VILAS BOAS | Autismo e imigrantes estão entre as prioridades do pré-candidato

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Gabriel Vilas Boas é filiado ao PDT (fotos: João Araújo/Poços Já)

O pré-candidato a deputado federal pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Gabriel Vilas Boas, é consultor de negócios imobiliários. Resolveu entrar para a política por não estar satisfeito com o que tem visto no Brasil e para dar uma oportunidade de renovação aos eleitores. Ele, que já viveu fora do país por 16 anos, coloca como uma das suas principais propostas a valorização do imigrante.

Além disso, lutar por políticas públicas pelas pessoas dentro do espectro autista também está entre as prioridades. Confira a última entrevista da série com os pré-candidatos realizada pelo Poços Já Política.

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Poços Já Política: Por que se candidatar a deputado?

Gabriel Vilas Boas: Porque eu já trabalho com sistemas de atendimentos, eu tenho um grupo que a gente trabalha com autismo e a gente vê uma dificuldade muito grande de ter acesso, de ter informações, de ter apoio, e isso já vem de 2010 pra cá. Em 2015 eu fui convidado, tive uma oportunidade de conhecer o senador Cristovam Buarque, e de lá pra cá, depois dessa conversa que eu tive com ele, que abriu esse espaço de estar entrando na política. Cristovam Buarque era do PDT, fui convidado a entrar no PDT e hoje, a convite da coligação estadual, a gente vai sair com candidato federal e estadual de Poços de Caldas para dar uma oportunidade também, de uma opção, porque a população já está cansada do que já está aí. A gente está querendo oferecer uma opção a mais vinda da população, nós não somos de uma era política, nós somos pessoas que não estão satisfeitas com o que está aí e decidiram entrar na política.

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PJP: Você se considera de direita, de esquerda ou centro?

GVB: O que é esquerda e o que é direita? A direita é de quem e a esquerda é de quem? Se eu for a direita da população, eu sou da direita, se estar junto com a população é de esquerda, eu sou de esquerda, se estar junto da população é ser direita, sou direita, se estar junto da população é ser de centro, eu sou vou ser centro. Eu sou a favor dos interesses da população, não de grupos.

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PJP: Quais as suas principais bandeiras?

GVB: Minha principal bandeira é o atendimento de pessoas com alguma limitação. No caso, o que me motivou a entrar para a política foi o autismo. Eu tenho um filho com autismo, hoje ele tem 13 anos, chegou aqui em Poços com a idade de quatro. De lá pra cá não temos muito apoio, conseguimos algum avanço com muita disputa e com muita perseverança, não só minha, mas de um grupo de pais que hoje eu faço parte. Não digo que eu represento, eu somo. E também como morei muitos anos fora do Brasil, há uma carência muito grande no atendimento ao imigrante. O que o imigrante remete para o Brasil é maior do que o PIB da Colômbia, então é um valor considerável sem ter nenhum benefício, sendo que empresas a todo o momento estão tendo dívidas perdoadas, algum tipo de benefício descontando algum pagamento que não foi feito.

PJP: O que é mais importante para você: legislar ou captar emendas parlamentares?

GVB: O deputado federal, a primeira função dele é legislar. Se você lê a função do deputado federal, é legislar, fazer com que leis sejam aprovadas, que atendam o maior número de pessoas, que sejam beneficiadas dentro dessa lei. Legislar é a principal função hoje do deputado federal, as emendas são consequências de um trabalho de aprovação de leis. As emendas que eu trouxer, que eu captar, vão ser sem nenhum tipo de barganha, elas virão diretas. O benefício, a beneficiar a população, sem nenhum tipo de barganha, porque eu sou a população. Eu me considero um cidadão, estou cansado de ver o que está por aí e não concordo, e quando as pessoas de bem se escondem, aquelas de má índole se destacam. Então, se nós, cidadãos de bem, tivermos uma mesma perspicácia que aqueles que não querem fazer o melhor para população, nós vamos nos destacar de forma positiva.

PJP: Como conciliar os interesses do partido e dos seus eleitores?

GVB: É bem simples. Muita gente questiona: ‘ah você é de esquerda, você é direita, seu partido é esquerda, direita’. Eu represento a população, o partido, ele é uma ferramenta para você atingir aquela meta. Hoje o PDT se baseia em três pilares: educação, saúde e trabalho. Se você colocar isso, mudar esses pilares, são três necessidades básicas para os indivíduos viverem com qualidade, saúde, educação e trabalho.

Você tendo uma boa educação, você tem trabalho, com um bom trabalho, você tem educação, você tendo saúde, você pode ter uma boa educação e você ter trabalho, então qualquer uma dessas vertentes é principal. Como é que eu vou diferenciar isso? Hoje a minha meta é atender os anseios da população e não ficar só dentro da bandeira partidária, porque o resultado de você estar defendendo uma ideologia ou uma bandeira é o que nós estamos vivendo hoje em dia, brigas, diversidades, enfim, clima de guerra dentro do país.

Redes Sociais são importantes para a pré-campanha, afirma Gabriel

PJP: Considerando as mudanças recentes, como a diminuição no tempo de campanha, qual sua estratégia para alcançar o maior número de eleitores e municípios?

GVB: Então, isso é uma estratégia, como é uma estratégia é um segredo, mas as redes sociais hoje são importantes. Hoje eu não tenho nenhum apoio, nem do estado, não faço parte, não trabalho, não sou funcionário público, eu não tenho cargos de confiança, não tenho nada, não sou cabeça de partido, ou seja, eu sei das minhas dificuldades, eu sei também que hoje as redes sociais meio que igualaram mas, sem dúvida, quem tem um recurso, que apoia certas empresas ou tem algum benefício, sempre o dinheiro vai destacar, mas eu ainda confio nas pessoas que vão saber julgar e diferenciar isso. Como a gente tem bastante alcance com as mídias sociais, eu espero que as pessoas não votem em branco, nem nulo, mas sim saibam escolher e se identificar com o candidato.

PJP: Poços passou os últimos anos sem representantes, inclusive devido ao número de candidatos nas últimas eleições. Você estaria disposto a se unir a algum candidato, ou abdicar de sua candidatura, pelo bem da cidade?

GVB: Bom, isso é uma pergunta muito feita para os chamados líderes de anos, isso é uma pergunta muito comum da parte deles: ‘ah você não vai abdicar da sua candidatura?’ Não, porque essas pessoas que se dizem representar a cidade em nenhum momento abrem mão da candidatura delas. Então está na hora das pessoas, dos cidadãos como eu, como você, fazer parte da politica. A partir do momento que você toma espaço, nós temos um exemplo muito grande que é o ditador da Coreia do Norte, quando ele começou a incomodar, ele teve o espaço dele. Então as pessoas precisam reconhecer o espaço de quem está entrando na política e de quem está politica há muito tempo, quem está na politica há muito tempo e fez, não fez mais que a obrigação.

PJP: Qual o seu posicionamento sobre a reforma política?

GBV: A reforma politica é necessária, basta ver o que acontece hoje nas mídias, as informações, a gente não tem. Acabei de fazer uma pergunta quando cheguei aqui: ‘tem alguma notícia boa aí?’ A gente não vê por parte da política uma interação. Hoje, as mídias, volto a falar das mídias, elas te põem muito próximo da população, hoje você pode criar um site e fazer uma pesquisa de interesse popular identificando cada um dos que  votam, para que aquele grupo ou este grupo que são organizados não tenham a maioria disso, mas que atinja a população. Então é uma maneira muito ampla de se chegar à população, basta querer, basta e volto a dizer que as pessoas de bem não só questionem, não só reclamem, mas que participem, porque esse cenário da politica tem que mudar. Quanto à reforma politica, essa é imprescindível e já passou da hora de realizar.

PJP: Enquanto candidato menos conhecido que representa a renovação, o que você acha que deveria mudar na política nacional?

GVB: Tudo. Tudo, a política tem que estar mais próxima da população. Eu tive uma experiência de morar fora do país durante 16 anos e eu gosto muito de politica, eu citei o nome do senador quando eu cheguei aqui e de longa data eu acompanho o trabalho dele, ele tem uma via de educação que eu gosto muito, eu acho que a educação é a base de tudo. Eu reconheço minhas limitações como candidato não tão conhecido, não no ramo politico, mas eu já trabalho com a cidade de Poços de Caldas e na região há muito tempo, não sou conhecido como politico, sou conhecido como cidadão que trabalha, que tem anseios, que tem aflições, que tem filho na escola, que quer melhorias. Então eu entrei na politica.

O que falta para melhorar na politica é esse acesso da população junto a quem governa, porque uma vez que você chega e é eleito, você não volta, você não procura, é muito fácil você dizer, um deputado estadual, um deputado federal: ‘eu vou para as minhas bases’. Mas eu te pergunto: algum deputado, fora da época de eleição, já perguntou pra você quais são seus anseios? Já te perguntou o que você acha melhor para o país? Então a população, fora da época de eleição, fica muito distante. Hoje, como candidato não muito conhecido politicamente, eu viso estar mais perto da população, enquanto esses candidatos que já se consideram líderes em campanhas, em pesquisas, eles não saem do núcleo deles. É isso que eu venho, com uma campanha independente, fazer, abrir espaço para que a população tenha opção, porque hoje, há de se admitir, que ser politico é até algo pejorativo devido ao estado que nós estamos.

Pré-candidato quer lutar pela causa autista e pelos imigrantes

PJP: Se eleito, qual seria seu primeiro projeto de lei?

GVB: O reconhecimento iminente da força financeira do imigrante. Porque hoje milhares de pessoas saem do Brasil muitos por opção, por condição financeira, mas muitos também para procurar uma oportunidade, uma boa oportunidade de viver com segurança. Reconhecer os direitos deles é querer o que eles querem. Eles querem um país seguro, querem um país com oportunidades, eles querem um pais com saúde. Então, reconhecer o direito do imigrante, não só visando a parte financeira, mas sim como uma força, uma representatividade grande, que o brasileiro tem fora.

Esse seria meu primeiro projeto, reconhecendo o imigrante. Nós vamos estar reconhecendo os interesses, o que o Brasil quer, o que o brasileiro quer? É simples, ele quer um país com segurança, ele quer um país com saúde e quer um país com educação. Esse é o anseio do imigrante, porque pra você sair da sua área de conforto, dentro do seu país, e assumir o risco de viver fora do país em uma nova cultura, isso é um desafio muito grande. Então, a partir do momento que a gente reconhece esses imigrantes, a luta deles, a gente vai estar reconhecendo os nossos interesses que são nada mais que uma boa educação, condições de trabalho e condições de vida.

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