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Prestes a completar 95 anos, bisavó dá lição de vitalidade no pilates

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Dona Maria durante uma de suas seções de pilates no Studio Carvalho Oliveira (foto: Rafael Santos/Poços Já)

Movimentos firmes, equilíbrio, olhar sério e compenetrado, além de uma lucidez de quem teve uma boa vida, regada a esporte, cultura e muito amor de sua família. É isso que encontra quem convive com a Maria Souza Stanziola em suas aulas de pilates no Studio Carvalho Oliveira.

Prestes a completar 95 anos, no próximo dia 29, Dona Maria é a prova de que, levando uma vida saudável, é possível envelhecer bem. Nascida em Ipuiuna, quando ainda muito jovem, jogou vôlei em um forte time de sua escola, em Pouso Alegre, cidade onde estudava.

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“Em 1939 a gente pegava o trem para jogar vôlei nas outras cidades. Tínhamos um time muito bom. Sempre gostei muito de jogar vôlei e nunca deixei de praticar esportes, faço ginástica todos os dias pela manhã”, conta.

Professora, se formou em Pouso Alegre, se casou, foi morar em Caldas e há 60 anos veio para Poços, com o objetivo de dar uma educação melhor para os filhos. Com uma vida ativa, Dona Maria está ligada em tudo que está acontecendo. Sabe tudo sobre tênis, por ter uma filha que gosta do esporte, e acompanhou de perto um filho que jogava futebol.

Agora, aprendendo uma nova atividade aos 95 anos, Dona Maria encontrou no pilates uma forma de ficar ainda melhor nas atividades diárias. “O pilates está sendo ótimo para mim. Sempre fiz ginástica todos os dias de manhã e mesmo assim minhas filhas insistiram para eu fazer pilates. E eu gostei da história, estou me sentindo mais disposta ainda, estou andando melhor. Eu limpo minha casa inteirinha, lavo os banheiros, lavo tapete. Estou muito satisfeita, estou adorando fazer pilates”, afirma Dona Maria.    

Confira a firmeza dos movimentos de Dona Maria aos 95 anos:

A fisioterapeuta Letícia Freitas Raimundo conta que ficou muito impressionada com Dona Maria quando ela começou as aulas de pilates. “Nunca tinha visto uma senhora dessa idade com uma disposição igual à dela. Quando começamos o pilates, sempre passamos exercícios de alongamento e flexibilidade para ver como o paciente é. O alongamento dela e a flexibilidade são muito preservados. Ela me contou a história dela, que sempre se alimentou bem, sempre praticou atividade física, jogava vôlei na escola. Então, essa vitalidade é resultado dos esportes que ela praticou, todos os exercícios que ela fez e o estilo de vida dela. Isso ajuda muito no pilates”, explica Letícia.

No Studio Carvalho Oliveira, a fisioterapeuta passa para Dona Maria exercícios funcionais que ajudam nas tarefas diárias. “Como ela é muito participativa em casa, realiza muitos trabalhos, eu penso em atividades mais funcionais para ela. Então eu passo exercícios que aumentem a força dos membros superiores e inferiores, coordenação motora, que é muito importante para essa idade, e exercícios dupla tarefa, que trabalham membros superiores e inferiores ao mesmo tempo. Trabalho também muito equilíbrio, já que é muito comum nessa idade histórico de quedas, que não é o caso dela. Por isso ela é uma aluna muito boa”, conta Letícia.

Dona Maria em aula de pilates ao lado da filha Leonice (foto: Rafael Santos/Poços Já)

Felicidade

Dona Maria teve uma vida plena. Casou por quem se apaixonou, foi feliz no casamento. Teve seis filhos. O marido, Leopoldo, era dentista. Foi uma pessoa que sempre ajudou a esposa cuidar dos filhos. Eram pessoas muito bem tratadas e queridas.

“Minha família tem uma longevidade hereditária. A minha mãe é a filha mais velha de quatro irmãos. Desde os 11 anos ela aprendeu a costurar, costurava para toda família desde pequena. Foi estudar, se tornou professora, foi diretora de um grupo escolar na cidade de Ipuiuna, sempre foi uma pessoa que trabalhou e não achou ruim, porque já é habituada desde criança”, conta a filha Leonice Stanziola Teixeira que, aos 65 anos, mostra a mesma saúde e vitalidade caracterizada na mãe.

“Acho que a parte cultural foi muito importante para minha mãe. Meus pais tinham o hábito de ir ao cinema todas as noites. Morávamos em Caldas, eles nos colocavam para dormir e iam ao cinema, que era do outro lado da rua. Minha mãe sempre leu muito, muito culta, Acho que nisso está o segredo da longevidade. Ela vai ao teatro até hoje, recentemente foi a Uberlândia assistir o espetáculo O Pianista”, destaca Leonice.

Dona Maria com os filhos marido Leopoldo em uma  das viagens que fez ao litoral (foto: divulgação)

Sonho realizado

Quando assistiu a Copa do Mundo na Rússia neste ano, Dona Maria teve uma das suas melhores lembranças, já que ir a Rússia foi um sonho dela desde criança, quando em uma folhinha viu a imagem da catedral de São Basílio e decidiu que iria conhecê-la.

“Nessa Copa do Mundo não teve novidade nenhuma para mim, porque eu já fui à Rússia. Eu tinha 9 anos e ví a catedral de São Basílio em uma folhinha com fotos, nesse momento se tornou meu sonho conhecê-la, em uma época que a União Soviética era uma nação muito fechada. Minha mãe dizia que era para eu esquecer esse sonho, pois era um país comunista, que tinha um muro em volta e que ninguém entrava”, lembra Dona Maria, que não desistiu de seu sonho.

“Eu pensei: quem sabe, com o tempo, eles derrubem esse muro e eu possa ir lá ver essa igreja. Quando eu me casei, meu marido Leopoldo prometeu me levar lá. Todo mundo sabia que eu queria ver aquela igreja. Após ter minha filha Leomar, minha mãe disse que cuidava dela e que era para irmos ir conhecer a igreja, nisso eu engravidei de novo e de novo, foram seis filhos e eu não pude ir para a Rússia, pois tive que me empenhar na educação das crianças”, recorda.

Já viúva, foi convidada pela filha Leomar para enfim realizar seu sonho e conhecer a Catedral de São Basílio. Foi uma excursão de um mês, onde, ao lado da filha, Dona Maria conheceu Espanha, Dinamarca,  Noruega, Suécia e Finlândia, de onde partiu, em um navio cassino, para São Petersburgo e depois para Moscou.

“Ficamos uma semana em São Petersburgo, conhecendo aqueles palácios lindíssimos e depois fomos a Moscou, cidade limpa, maravilhosa, a coisa mais linda do mundo. Chegando na igreja ela justificou meu sonho de estar lá. São Basílio é uma igreja de 40 metros de altura. Cada vitória do Czar, ele construiu uma igreja do lado. São oito igrejas ao lado daquela enorme. Quem viu a Copa, viu a imensidão dela na Praça Vermelha. Ficamos lá das 8h da manhã até as 3h da tarde e não consegui ver todas elas. Precisava voltar todo dia para continuar olhando”, lembra Dona Maria, mostrando que com uma vida saudável nunca é tarde para realizar os sonhos.  

Dona Maria é uma das alunas mais queridas do Studio Pilates Carvalho Oliveira (foto: Rafael Santos/Poços Já)


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