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Empresária supera doença rara para completar a prova de 16 km mais difícil do Brasil

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Nem as fortes dores durante a prova impediram a empresária de completar seu objetivo (foto: Felippe Basso)

Mesmo sofrendo de uma rara doença e tendo que lidar com muitas dores durante a prova, a empresária Valeska Figueiredo mostrou o significado da palavra superação ao completar a 36ª Volta ao Cristo, prova de 16 km mais difícil do Brasil.

Proprietária da auto escola Unitran, Valeska descobriu o lúpus em 2006. A doença faz o organismo produzir anticorpos em excesso, que passam a atacar o próprio organismo, provocando inflamações em vários órgãos e, claro, muita dor.

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A princípio, após descobrir a doença, Valeska passou anos sem fazer atividade física, com receio de aumentar a dor. Mas, em setembro de 2016, um amigo a incentivou a voltar ao esporte, superando a dor que o lúpus causava. Foi o que ela fez. Começou com a musculação e em fevereiro do ano passado começou a correr. Mesmo sofrendo com a dor, ela foi persistente. E deu certo. As dores foram melhorado e a corrida se tornou algo fundamental na vida dela, cuidando de corpo e mente.

Volta ao Cristo

Valeska no início da Volta ao Cristo: mesmo com dores ela continuou firme (foto: Wagner Sidney Silva/Fotop)

Mesmo tendo participado de pequenas provas, Valeska nunca havia enfrentado algo tão desafiador como a Volta ao Cristo. Convidada pelo jornalista Rafael Santos a ser parceira do projeto Repórter Fitness na 36ª Volta ao Cristo, a empresária iniciou os treinos com o professor Fernando, da academia Nafar, e se preparou muito bem para a prova, que aconteceu no dia 28 de janeiro, em Poços de Caldas.

“Já estava com vontade fazer a Volta ao Cristo, quando o Rafa apareceu com o projeto Repórter Fitness para apoiar. Foi aí que pensei: é agora. Iniciei os treinos com o professor Fernando e a turma da Nafar. Cheguei a fazer em 2h20 o percurso completo durante os treinamentos e esperava chegar pelo menos com 2h15”, conta Valeska.

Só que, faltando duas semanas para prova, ela teve um sangramento forte no útero e uma semana antes começou uma dor forte abdominal. Descobriu que era uma reação do útero ao lúpus, em seguida vieram uma infecção e uma anemia, diagnosticadas na quarta-feira, às vésperas da prova.  

“Fiquei com emocional abalado, porque eu queria muito fazer a prova. Fiquei de repouso absoluto de quinta a sábado, para fazer a prova no domingo. Cheguei no dia confiante, no alongamento com a equipe antes da prova senti uma energia fantástica, me sentia ótima. Mas, após a largada, ainda no primeiro quilômetro, senti as primeiras dores. Avisei a Carol Cagnani e o Rafa que corriam ao meu lado e diminuí o ritmo. Sofri na João Pinheiro, porque ali percebi que não conseguiria alcançar meu objetivo de diminuir o tempo do treino”, lembra Valeska, que contou com uma super ajuda familiar durante a prova.

“No sábado antes da prova, meu sobrinho, Vitor Figueiredo, tomou a decisão de me ajudar, porque ele sabia que eu queria muito ir e viu que eu não estava bem. Ele não ia correr, foi sem inscrição e me acompanhou durante todo o percurso.  Ele foi fundamental, foi me acalmando, me relaxando, fez com que eu esquecesse o tempo”, revela a empresária.

Valeska e sobrinho Vitor no pé da estátua do Cristo. Ele foi um dos grandes responsáveis por ela ter conseguido terminar a prova (foto: Valeska dos Reis Figueiredo)

Superação

Nos 2 km de subida da Serra de São Domingos, parte mais difícil da prova, a dor, que até ali era controlável, aumentou muito. Valeska chegou ao topo da montanha com muito esforço e, após se reidratar no posto da Nafar, partiu para a descida e mal imaginava que a pior parte da prova ainda estava por vir.  

“Tentei acelerar um pouquinho na descida e a dor pegou mesmo. Fiquei cinco minutos parada, o Vitor acabou machucando o joelho, já que não tinha se preparado para a prova. No quilômetro 12 o professor Fernando me ligou, me deu aquele apoio emocional, foi me encontrar e foi até o fim comigo. Emocionalmente ele me deu uma guinada. Ele fechou meus olhos, eu continuei caminhando e, de alguma forma, ele tirou a dor de mim. Consegui chegar, com mais de três horas de prova, mas naquele momento não importava mais o tempo, o que importava era ter feito o que eu queria, de terminar algo que eu planejei”, se emociona Valeska.

“No final dei um abraço apertado no Fernando, de gratidão. Foi muito legal que meus pais estavam me esperando, meus irmãos, a Carol Cagnani, a equipe da Nafar. Meu filho, Gabriel, a alegria dele me ver chegando. Acredito que foi um ensinamento muito forte, para ele entender que se desejamos conquistar algo, temos que ir atrás. Estou muito feliz de ter conseguido, e que venham novos desafios”, diz a empresária, com o brilho nos olhos de quem nunca vai deixar que as dificuldades a façam desistir de seguir seus sonhos.

Professor Fernando e professora Dayse foram ajudar Valeska na parte final da prova (foto: Fernando Nascimento)

Ajuda do professor Fernando Nascimento

O professor Fernando Nascimento foi o responsável pelo treinamento de Valeska e, como a própria empresária contou acima, foi quem lhe deu força para completar o desafio. Para Fernando, Valeska foi uma guerreira em participar da Volta ao Cristo no estado em que se encontrava.

“Eu estava finalizando com Rafael (Repórter Fitness) e logo soube pela equipe de apoio que a Valeska não estava tão bem. Sempre monitoramos a passagem de todos os atletas do Nafar por cada ponto de apoio.  A professora Dayse me ligou e disse que estava seguindo ao encontro da Valeska e logo a melhor notícia, que a havia encontrado. Retornei pelo trajeto da prova até encontrá-las e vi que a Valeska estava sentindo muita dor  e visivelmente fragilizada pelo ocorrido.  Mas permanecia firme no propósito de concluir o seu objetivo”, conta o professor Fernando.

Valeska nos últimos metros de prova (foto: Felippe Basso)

Como ainda tinha a pior parte do percurso pela frente, Fernando achou melhor lançar mão de técnicas de meditação para ajudá-la afastar pensamentos negativos e potencializar o seu autocontrole.

“Utilizei a técnica de ancoragem da PNL para criar uma associação fortalecedora do que já havíamos treinando com o que ela estava realizando. Pois o seu feito maior já havia sido realizado em dois treinamentos anteriores e aquele momento era apenas a coroação de todos os dias de dedicação. Juntamente com isso, apliquei o shiatsu estimulando os meridianos de energia para amenizar a dor e tranquilizando-a. Tudo isso somado nos fez entrar em harmonia um com energia do outro e com todos aqueles irmãos de jornada que estavam vibrando por nós. Foi uma grande vibração, de sentir na pele e no coração”, conta o professor.

Quando faltava um quilômetro para o fim da prova, Fernando pediu para Valeska se concentrar para sentir a energia que a puxava para o estádio. Energia de todos que esperavam por eles e de todos os que a amavam, que estavam conectados com ela e que, sem saber, os atraíram para linha de chegada.

“Foi um momento de superação e de bravura consciente, onde em nenhum momento arriscamos a sua saúde e integridade. Isso é ser um vencedor, treinar sempre, se conhecer cada vez melhor, contar com os amigos e a família e ter a coragem de seguir em frente com fé e alegria. Não por ter ganho de alguém, mas por não permitir perder para si mesmo. Um vencedor confia e sempre dará o passo a frente, pois Deus colocará o chão”, finaliza o professor Fernando.

 

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