Nafar
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Boxe chinês é uma modalidade de kung fu (foto: João Araújo/Poços Já).

Continuando minha saga como Repórter Fitness, escolhi como segundo desafio uma aula de boxe chinês com o professor Flávio Zanetti, na academia da Coopoços. Foi uma grande experiência, na qual consegui me superar, mas que fez com que meu corpo ficasse dois dias doloridos, justamente por eu não fazer esse tipo de exercício de forma regular.

Ao chegar para a aula, o professor Flávio me explicou que o boxe chinês, que está na Coopoços há 7 anos, é um ramo do kung fu. O nome boxe chinês é uma denominação mais comercial. Nos campeonatos, a modalidade é chamada de Sanshou. Diferente do que se imagina por se chamar boxe, nesta modalidade se usa o pé, a mão e projeções ao chão. Ainda existe outra modalidade do kung fu, que se chama Konchu, que, além da projeção, tem dez segundos de luta no chão, onde o atleta pode imobilizar e finalizar o adversário.

Pelo fato de eu nunca ter praticado nenhum esporte de contato, fiquei preocupado de não conseguir acompanhar os exercícios. Quem me tranquilizou foi o professor Flávio Zanetti, que também coordena a academia da Coopoços. A maior parte da aula é aeróbica, com leve contato ao final.

“Você vai até o seu limite, não tem problema se não conseguir. No início é importante acompanhar os movimentos. Nossas sequência são bem didáticas, com os nomes dos golpes, os nomes dos socos. Fazemos a parte de corrida e de exercícios localizados no abdômen, depois vamos para a parte técnica. É importante fazer com tranquilidade”, me explicou Flávio.

O treino

Aula começa com exercícios aeróbicos (foto: João Araújo/Poços Já).

Seguimos para o tatame, que fica no segundo andar da academia. Quando entrei percebi que a modalidade pode ser mesmo feita por qualquer pessoa, já que a turma de alunos era bem eclética, com pessoas de todas as idades, incluindo homens, mulheres e crianças. Apesar de nunca ter praticado kung fu, imagino que o início da aula de boxe chinês deve ser muito semelhante, com os alunos reverenciando o instrutor e os mestres do passado.  

O treino começa com o aquecimento de pequenos grupos musculares e depois o ritmo aumenta, com exercícios voltados para técnicas de soco e chute, finalizando a aula em contato um contra um. A aula conta com muitas atividades para aumentar a capacidade aeróbica até o limite.

O contato final é bem tranquilo. Não chega a ser uma luta, mas um espaço para testar as técnicas aprendidas durante as aulas, ganhando inclusive noção de distância.

Apesar de, claro, ter tido mais dificuldades que os outros alunos, consegui fazer toda a aula. Realmente o mais puxado é a parte aeróbica, com muita corrida no tatame, que é intercalada com a sequências de socos e chutes, bem agradáveis para extravasar a tensão do dia a dia.

Para quem quer emagrecer, a aula é ideal. Em pouco tempo já estava suando muito, além de haver muitos exercícios voltados para o abdômen. Outra parte bacana do treino são os exercícios que te fazem pensar, como o que se passam luvas de um para outro. O desafio é que o aluno não pode correr sem receber a luva do colega que vem atrás. No começo parece fácil, mas conforme o cansaço aumenta fica mais difícil de raciocinar. A pressão é maior pelo fato do professor Flávio ordenar que todos paguem flexão caso alguém erre. Graças a Deus não errei!

Turma tem alunos de diferentes faixas etárias (foto: João Araújo/Poços Já).

Alunos

Ao final do treino, no contato homem a homem, o professor Flávio me colocou junto com Lucas Carvalho Costa, que pratica boxe chinês desde 2010. Em 2012 ele ficou em segundo lugar no Campeonato Mineiro e conseguiu a quinta colocação no Brasileiro da modalidade, ficando perto dos três primeiros colocados, que se classificaram para o Mundial da categoria. Lucas me mostrou algumas técnicas de projeção e falou um pouco de sua relação com esse esporte.

“É um esporte bacana. Nas aulas aqui da Coopoços não tem muito contato, mas quando vamos para campeonato fazemos um treino mais específico. É um esporte muito competitivo. Na competição não é uma luta só por dia, se tiver dez lutadores do mesmo peso você tem que lutar no mínimo com cinco. Então, é no formato de eliminatória, você vai passando pelos adversários e se classificando”, conta o atleta.

Lucas já passou o amor pela modalidade a seu filho, Uriel Carvalho Costa, de 11 anos, que treinou junto com a gente e mostrou muita habilidade e técnica. “Eu gosto de lutar, porque se alguém vir brigar comigo eu me defendo. Também quero ficar bom para poder competir. Já sou melhor que meu pai”, brincou o jovem.

Quem deve ser a representante de Poços nos próximos campeonatos é Suelen Capanema, de 31 anos. Ela pratica a modalidade há pouco mais de um ano e meio e já conseguiu uma grande evolução, a ponto de começar a competir em breve.

“Comecei por curiosidade e gostei muito. Ainda tem receio de competir, mas to treinando para isso, preciso treinar cada vez mais. Indico o boxe chinês a todos. É um esporte que faz muito bem para saúde em todos os sentidos, para mim funciona como uma terapia, não perco uma aula”, me disse a atleta.

Ao final da aula são realizados exercícios de contato (foto: João Araújo/Poços Já).

Satisfação

Terminei a aula de boxe chinês completamente esgotado, mas muito feliz por ter conseguido fazer os exercícios e com aquela sensação de que movimentei todos os músculos do meu corpo. Sem sombra de dúvidas foi um dos esportes mais bacanas que já pratiquei. A intensidade da aula fez com que nos dois dias seguintes eu ficasse com muita dor no corpo, o que não diminuiu a satisfação de ter realizado o treino, mas aumentou a certeza que é preciso pegar cada vez mais forte no esporte, para que coloque em equilíbrio tanto meu corpo quanto minha mente.

Esse treino foi acompanhado pela psicóloga esportiva Adriana Barcelos, que fará uma avaliação minha e explicará os objetivos da psicologia esportiva na próxima reportagem da série Repórter Fitness. Até lá!

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