A polícia usou as conversas de WhatsApp para prender os suspeitos de terem ateado fogo em pelo menos um ônibus de transporte coletivo durante o domingo (3). Segundo informações, em mensagens eles falavam da ação e se vangloriavam da conquista.
Os presos são Wendel Henrique Dias de Oliveira, de 19 anos, Maicon Silveira de Carvalho, de 24 anos, Roberta Aparecida de Sousa Ribeiro, de 29 anos, e um adolescente de 17. A mulher e o adolescente mentiram sobre suas identidades, mas acabaram confessando ao perceber que não estavam convencendo os policiais.
Os quatro foram detidos na rua Pedro Augusto Cavini, dentro de um carro, onde foi encontrado um galão de combustível, e uma garrafa utilizada para acondicionar combustível com forte cheiro de gasolina.
Os celulares dos suspeitos foram apreendidos e eles mesmos os desbloquearam para que a polícia pudesse checar indícios da participação no incêndio. Foi no aplicativo de WhatsApp que os policiais encontraram várias áudios e mensagens de texto
No celular do adolescente os policiais encontraram um vídeo dos suspeitos colocando fogo em um coletivo, no qual o menor diz “ó o bagulho loco que nos fizemos no serrotão”. Nas mensagens há ainda orientações determinando que o grupo desse tiros contra a casa de policiais, em especial a de um militar, que segundo o texto dá prejuízos ao crime por fazer apreensões de drogas.
No celular de Roberta também foram localizados áudios em comemoração aos ataques e ligações para suspeitos. Maicon teria apagado suas conversas antes de ser abordado.
Wendel havia deixado o celular em casa, mas a polícia o apreendeu para ser periciado.
O grupo entrou em várias contradições e após o registro do boletim de ocorrência os suspeitos foram levados para a Polícia Civil, onde devem prestar novos depoimentos.
Ataques
Os ataques a veículos de transporte público foram registrados em diversas cidades da região. Os incêndios seriam uma ação coordenada da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em busca de melhorias para as unidade prisionais, mas não há informação oficial a respeito.
As ordens seriam para que integrantes da facção atentassem contra coletivos, prédios públicos, bancos e policiais. Várias pessoas já foram presas na região. No estado são cerca de 30 presos em razão do ataque a 17 cidades, com 24 ônibus queimados.
A relação entre os crimes e se eles foram ordenados por facções criminosas estão sendo avaliados polícias Militar, Civil e Federal e pela Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap).
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