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Aulas extracurriculares serão retiradas de pelo menos cinco escolas da rede municipal de ensino de Poços, a partir de 2020. A medida anunciada recentemente tem desagradado os responsáveis pelos alunos. A Secretaria de Educação diz que a medida visa economizar cerca de R$ 1 milhão ao ano dos cofres públicos.

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As aulas extracurriculares fazem parte de um programa criado há 10 anos e contempla alunos do sexto ao nono ano com a chamada sexta aula. Nesta aula os alunos aprendem matérias extras que são escolhidas a critério da direção. No caso da Escola Municipal José Raphael dos Santos Netos, as matérias são redação e raciocínio lógico.

Segundo uma leitora e mãe de aluno, “Essas matérias trazem grande incentivo e motivação para as crianças, sendo que este ano tivemos uma aluna que tirou 1° lugar no concurso de Redação da Alcoa. Já temos pouco na educação, andamos bem aquém dos colégios particulares, e ainda querem retirar este pouco. Onde está o senso social e cultural?”. Professores também não concordam com a decisão e fizeram uma manifestação na manhã desta terça-feira (5), em frente à prefeitura.

O que diz a secretária de Educação

A secretária de Educação, Maria Helena Braga, confirmou que vai retirar a sexta aula e ficará a critério da direção da escola escolher o que achar interessante. A reportagem do Poços Já fez alguns questionamentos, mas não obteve mais respostas desde quinta-feira e as tentativas de ligação não foram aceitas.

Em entrevista para a EPTV, a secretária afirmou que o município irá cumprir o que determinada a lei, ou seja, 800 horas de aula e 200 dias letivos. Além disso, ela diz que a sexta aula fere a isonomia salarial, pois um professor que dá aulas de 45 minutos ganha o mesmo que o outro que leciona aulas de 50, e que isso gera um impacto na folha de pagamento de R$ 1 milhão ao ano.