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Mielodisplasia. Esse foi o diagnóstico recebido por Toninho, professor de Educação Física em Poços de Caldas, então com 37 anos, casado e pai de um casal de gêmeos de 8 anos. Ele havia procurado o médico por ter sentido cansaço durante as aulas que dava. A notícia de uma doença sanguínea e da necessidade de se tratar com quimioterapia só não era pior do que a que viria daí a três meses: apesar do tratamento correto, a doença havia evoluído para leucemia mielóide aguda, um câncer nas células do sangue.

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A doença passou a exigir doses altíssimas de quimioterapia, ministradas em um hospital de Jaú (SP), a 250 km de Poços de Caldas. Além da mudança, ele tinha que lidar com todo o sofrimento causado pelos efeitos colaterais da medicação, como dores de cabeça, náuseas, vômitos, feridas nas mucosas e muita fraqueza.

Porém, nem só de notícias ruins é feita a vida de Toninho. Pelo contrário. Depois de um mês de tratamento, veio a boa nova, seguida de uma preocupação. A doença havia desaparecido, mas isso não era garantia de cura, ela poderia voltar a qualquer momento. Então, Toninho continuou sendo medicado e se inscreveu em um banco nacional de medula óssea, na esperança de que surgisse um doador compatível e ele pudesse se submeter ao transplante e, finalmente, considerar-se curado.

Toninho é um homem de fé. Rezou muito, e contou também com as orações, da mãe, da mulher e dos filhos, além dos demais familiares e de uma infinidade de amigos, antigos e novos, que se juntaram a ele em solidariedade. Essas orações chegaram a uma jovem, de 21 anos, inscrita no cadastro de doadores.

Campanha

Para conscientizar seus colaboradores sobre a importância da doação de medula óssea e conseguir novos doadores, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) realiza uma campanha, no período de 16 a 19 de setembro, em conjunto com a Fundação Hemominas. Em Poços de Caldas ela acontece no dia 19.

Idealizadora da campanha, a juíza Maria Isabel Fleck, da 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte, diz que a iniciativa conta com o total apoio do presidente Nelson Missias e do superintendente de Saúde do TJMG, desembargador Newton Teixeira Carvalho, além dos diretores de foro das comarcas que integram o trabalho.

De acordo com a juíza Maria Izabel, a expectativa é que, ao longo dos três dias, sejam cadastradas 700 pessoas, nas seis comarcas participantes da campanha. A magistrada diz ter certeza do sucesso da iniciativa, pois acredita na solidariedade do povo mineiro.

Solidariedade

“Se as pessoas tivessem noção do tamanho da graça que elas podem proporcionar, ninguém ficaria na fila por um transplante de medula. É um ato de amor incondicional”, diz Toninho, que hoje tem 45 anos e colabora em campanhas para sensibilização sobre a importância da doação.

Ele acaba de gravar um depoimento para ser entregue, como incentivo, a um rapaz de 15 anos que sofre de aplasia de medula óssea e está internado em Campinas, na angustiante espera por um doador compatível.

Neste momento Poços está mobilizada por encontrar um doador para Lucas Lucas Ryan Garcia Cruz, de 15 anos, ele foi diagnosticado recentemente com aplasia de medula óssea e o transplante é a única medida possível.

Uma página montada na rede social mostra a luta de Lucas, para acessar é só clicar aqui.

Como participar

No dia 19 uma mobilização vai acontecer no salão do júri do fórum local, onde equipes do Hemocentro de Poços vão receber os candidatos a doação das 11 às 17h. Os voluntários devem comparecer munidos de documento oficial com foto, comprovante de endereço (ou informação sobre ele) e colher uma amostra de sangue. Para integrar o cadastro de doadores, é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e boa saúde.

Depois é só manter o cadastro atualizado e torcer para que seja compatível com alguém. Além disso, o Hemocentro realiza Cadastramento de Candidatos à doação de Medula Óssea de segunda a sexta-feira, das  9h às 11h30, e na quarta-feira das 16h às 20h.

Mais informações sobre doação de medula óssea no site do Redome.

 

*Com informações do TJMG