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O bando preso pela Polícia Civil, na segunda-feira (20), acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico, vendia de maconha a cristal. A quantidade de drogas apreendidas e as conversas por aplicativo de mensagens demonstram que a ação criminosa já estava atingindo em grandes patamares. A polícia acredita que o principal suspeito, o engenheiro civil Clóvis Henrique da Silva Morais, de 27 anos, seja o maior fornecedor de drogas no meio universitário. Além dele, foram presos Ana Clara Pereira Neres Pinheiro, de 19 anos, Luiz Eduardo Silvio, de 26 anos, e Tainã Ariel dos Reis, de 25 anos.

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Havia mais de mil comprimidos de ecstasy no apartamento 

“As investigações demonstram que o tráfico era exercido com maior discrição e graças à ação policial, em momento oportuno, foi possível a caracterização do crime de tráfico de drogas e quatro traficantes retirados de circulação”, informou o delegado regional, Gustavo Henrique Manzolli, em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (21).

O tráfico ocorria principalmente no meio universitário, que ia desde os estacionamentos das universidades de Poços a festas e raves. A quantidade de drogas chama a atenção. Manzolli pontua que, se não for a maior, é uma das maiores apreensões locais de drogas sintéticas, inclusive drogas novas, como o cristal, que é uma derivação de MDMA.

Investigação

O delegado Cleyson Rodrigo Brene comandou as investigações e explica que o monitoramento começou com relação ao tráfico no ambiente universitário e de academias. “Conseguimos monitorar e identificar os alvos, sendo o principal suspeito considerado pela polícia e pelas testemunhas o maior fornecedor de drogas sintéticas e outras no ambiente investigado”, explica.

Delegados explicaram o caso em entrevista coletiva

Na casa do engenheiro, no bairro Doutor Ottoni, foram encontradas a maior parte das drogas. Ao todo, foram apreendidos 1,1 mil compridos de ecstasy, vendidos a R$70 cada, conforme planilha encontrada no notebook do suspeito. Uma pedra bruta de cocaína e mais 29 porções embaladas para a venda, quatro quilos de maconha e haxixe. Além de grande quantidade de metanfetamina, vendida na forma de cristais, chamada de MD ou ice.

As apreensões também foram além das drogas, com uma arma de fogo, R$ 4,2 mil em dinheiro e dois veículos.

As drogas estavam no quarto do casal e na área de serviço do apartamento. Os dois estavam no local no momento da operação. Os outros dois suspeitos chegaram depois. Eles possuíam as chaves do imóvel e drogas em seus veículos.

Os aparelhos dos suspeitos foram apreendidos e através deles foi possível ver que muitos dos usuários usavam aplicativos de troca de mensagens para solicitar drogas.

As investigações para identificar mais envolvidos no esquema continuam. Entre as curiosidades encontradas durante as investigação está o fato do engenheiro encaminhar fotos dele em estacionamentos de universidades para indicar que estava com as drogas naquele ponto.

Em depoimento, todos os envolvidos ficaram em silêncio. Eles não tinham passagens policiais. Além do delegado, atuaram no caso os investigadores Sinval, Nicole, Douglas e Bárbara, com o apoio dos investigadores Daniel e Felipi, escrivão Aram e perito Renê.