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Mães e familiares de alunos da Escola Estadual Francisco Escobar, em Poços de Caldas,  estão preocupados com a segurança dos estudantes. Após o ataque em Suzano (SP) a escola já teve dois casos de ameça registrados em boletim de ocorrência. A solicitação é de policiamento na porta da unidade.

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Um grupo cerca de 40 pessoas foi criado após os primeiros relatos de perigo na escola, com o objetivo de discutir a questão e arrecadar verbas para que os muros, que são baixos, possam ser aumentados e assim melhorar a segurança.

Rosenilda do Santos Souza tem dois filhos que estudam na Francisco Escobar, um de oito e outro de 10 anos. Ela acredita que a simples presença policial pode coagir a ação de possíveis infratores. “Quando chegamos para pegar nossos filhos e tem polícia na porta a gente fica em desespero, porque quando a polícia está dentro da escola alguma coisa aconteceu. Hoje quando saio para o serviço minha preocupação é se meus filhos vão estar em paz, eu os deixo lá e torço para o dia passar o mais rápido possível, porque tenho medo de encontrar uma tragédia”, relatou chorando. “Ontem (21) meu filho me disse ‘mamãe, o menino mostrou uma bala pra mim’, eu tremia e questionava o que meu filho estava aprendendo com isso”, acrescenta.

Bárbara Kelly Ari tem três filhos e uma sobrinha que estudam na escola e nenhum deles foi à aula nesta sexta-feira (22). Ela conta que além do medo por conta do que aconteceu em Suzano, cada dia acontece um fato novo na escola e que sem policiamento ela não se sente confortável em permitir que eles frequentem a sala de aula. O pensamento dela é o mesmo de Nathália Vilas Bôas dos Santos, que tem um filho na primeira série.

Elas explicam que a escola tem feito o que pode para monitorar os alunos e que quando a direção encontra uma situação fora do normal imediatamente contatam os pais de adolescentes identificados como ameaça e também aciona a polícia, mas a resposta nem sempre é imediata. Roberta Silva tem um filho na primeira série e quer que a questão seja esclarecida junto aos pais e responsáveis, uma vez que todas as respostas que recebem é que os casos relatados serão investigados.

O grupo de mães que se juntou também pensou em em fazer uma manifestação para chamar a atenção das autoridades, mas acabou desistindo porque alguns alunos adolescentes teriam ameaçado jogar bombinhas caso elas fizessem alguma coisa.

O que diz a Polícia Militar

A reportagem do Poços Já Cidade entrou em contato com a Polícia Militar, que informou que a corporação tem aumentado as rondas em todas as unidades escolares, além de acompanhar a situação da escola especificamente. A polícia ressaltou ainda que até o momento não há nenhum indício de que isso possa acontecer nas escolas de Poços de Caldas.

A corporação também se comprometeu a procurar as mães para esclarecer dúvidas e informar como vem trabalhando na prevenção dos crimes e para tratar da segurança na escola.

Por fim, a PM informou que a demanda já foi repassada para o comandante da Cia, que irá determinar que o oficial faça contato com as mães e direcione a patrulha escolar para aumentar a sensação de segurança.