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Rhuan disse que esteve o tempo toda na ponte pensando em suicídio (foto: PM)

Rhuan Henrique Pereira Kariell, de 20 anos, suspeito de ter matado Lara Adélia Floriano, 21 anos, na madrugada de terça-feira (18), segue negando o crime. Após ser preso ele foi reconhecido por testemunhas que afirmam ser ele o autor dos golpes que tiraram a vida da jovem, nas proximidades de um hospital, na Zona Oeste da cidade.

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Segundo a Polícia Civil, assim como negou quando foi preso pela Polícia Militar, Rhuan segue afirmando em seu depoimento na delegacia, não ser o autor dos golpes que vitimaram Lara.

Para comprovar o que estava falando o rapaz apresentou um álibi, mas que só se confirmou em partes, não o tirando da cena do crime. Ele disse que acionou um moto-taxista por volta das 20h e que pagou a ele a importância de R$ 350 para que ficasse circulando com ele pela cidade e por quatro papelotes de cocaína. Disse ainda que o moto-taxista o deixou na ponte próxima ao Kartodromo, por volta das 21h e ele teria ficado lá até quase 2h da madrugada, quando foi preso.

O corpo de Lara foi enterrado em Mogi-Guaçu nesta quarta-feira (foto: Redes Sociais)

“Ele disse que durante o tempo que ficou na ponte ficou pensando em suicídio por conta do consumo excessivo de drogas e por ter brigado com a namorada. Quando desistiu de se matar, saiu da ponte e foi abordado pelos militares”, explica o delegado Hernanni Perez Vaz.

A Polícia Civil localizou o moto-taxista usado como álibi que confirmou em partes da história. Ele disse que não forneceu drogas ao suspeito, que recebeu R$ 20 pela corrida e que quando o deixou na ponte observou que tinha mais gente no local, só que não viu quem era. O moto-taxista ainda disse que entre 1h30 e 2h recebeu diversas ligações do suspeito para que ele o buscasse, mas que ele recusou a corrida.

Quando Rhuan chegou à delegacia Hernanni solicitou a apreensão imediata das roupas que ele estava usando, as quais foram encaminhadas à perícia técnica. “O laudo pericial ainda não foi concluído, mas foi constatada a presença de resquícios de sangue humano na camisa que ele trajava”, conta.

Agora as investigações continuam em investigação para comprovar se o suspeito preso é o autor e qual foi a motivação do crime.

Investigação

As investigações da Polícia Civil tiveram início ainda na madrugada de terça-feira (18) quando o crime foi comunicado. De acordo com o delegado Hernanni Perez Vaz, ele estava de plantão quando foi acionado e esteve no local com a equipe. Lá ele colheu o mesmo depoimento que a PM junto às testemunhas, ou seja, que o casal caminhava pela avenida Antonio Togni, sentido shopping, e no trevo com a rua Georgeta Dias Monteiro eles entraram no terreno baldio. Pessoas que estavam do lado de fora do hospital ficaram olhando por acreditarem que eles teriam uma relação sexual. “Instantes depois de eles terem entrado no terreno, as pessoas escutaram o grito de uma mulher, não era um pedido  de socorro, mas de dor. Então eles voltaram a atenção para o terreno e viram a mulher escorrendo pelo barranco e caindo na rua”, explica.

As testemunhas contaram que a mulher tentou correr pela rua, mas foi perseguida pelo autor, que a prensou em uma parede e continuou a agressão. “Elas acreditaram que se tratava apenas de uma briga e começaram a gritar para que ele soltasse a moça, mas, ela passou a pedir socorro. Quando as pessoas desceram para tentar ajudá-la o autor saiu correndo e a moça também correu em direção a esquina do hospital e caiu; foi quando perceberam que ela estava sangrando bastante e tentaram prestar o socorro, mas quando ela chegou ao hospital já morta”, esclarece Hernanni.

O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) onde foram constatadas três lesões por material perfuro cortante, na região do pescoço, na lateral do tórax e nas costas.

A polícia também descobriu que a vítima veio morar em Poços de Caldas há aproximadamente 15 dias e tinha problemas com drogas.

Não ficou confirmando nenhum tipo de relacionamento entre o suspeito e Lara.