Olair Cristiano Guerreiro Tomé, de 30 anos, foi preso pela Polícia Civil na última segunda-feira (17). Ele estava em São José dos Campos. Condenado a 42 anos de prisão por assaltos praticados no Condomínio Campo da Cachoeira, em 2016, ele fugiu de presídio de Pouso Alegre em março e voltou a agir. Entre os casos em que ele figura como suspeito está o assalto no Jardim Europa, onde um bombeiro tirou a vida de um de seus comparsas.
O suspeito foi encaminhado para prestar depoimento na manhã de terça-feira (18), e se negou a falar com a imprensa e dar sua versão sobre as acusações.
O delegado regional, Gustavo Henrique Manzolli, explica que Olair é conhecido do meio policial, em razão de vários assaltos, já tendo sido preso e condenado por crimes em Poços, além de ser um individuo considerado perigoso e responsável por arquitetar os crimes. “Após o assalto no condomínio, toda a quadrilha foi presa, inclusive Olair. Todos foram condenados e passaram a cumprir suas penas. O suspeito foi transferido para o presídio de Pouso Alegre, de onde fugiu em duas ocasiões, e nesta última ele voltou a agir e agora foi preso pela nossa equipe em São José dos Campos”, relata.
Olair estava em um apartamento e não ofereceu resistência. Além de ser foragido da justiça, pesa contra ele a suspeita de envolvimento em outros assaltos entre os meses de março e agosto. Entre os crimes, o ocorrido no Jardim Europa, quando um bombeiro atirou e matou um dos criminosos, numa ação de defesa. “Ele foi reconhecido, por meio fotográfico, pelas vítimas”, pontua o delegado.
A polícia ainda traçou a participação do foragido nos crimes. Ele era o responsável por arquitetar os crimes, mantinha ligação com criminosos de outros localidades e os unia para a prática dos roubos. “Sempre com violência, com arma de fogo e intimidando as vítimas”, destaca Manzolli.
Com a prisão de Olair a polícia espera concluir diversos roubos. Ele prestou depoimento nesta terça-feira e foi encaminhado ao presídio enquanto os trabalhos seguem para comprovar seu envolvimento nos crimes.
As investigações ainda esperam apurar quem são os comparsas de Olair. Enquanto isso, a Polícia Civil já comunicou a Secretaria de Administração Penitenciária sobre a recaptura do foragido, as fugas registradas, e a importância de que ele seja mantido no cárcere, com a devida atenção, por ser um dos maiores assaltantes da cidade.
Olair também já havia sido na operação Happy Hour, da Polícia Civil, suspeito de integrar uma quadrilha que assaltava bares e restaurantes e após uma onda de assaltos a camionetes e motos de alta cilindrada.
Informações extraoficiais dão conta de que as penas somadas de todos os crimes por ele praticados passam dos 100 anos. Ele mesmo chegou a fazer este relato aos policiais.
Trabalharam na prisão e investigação o delegado Hernanni Perez Vaz e os ivestigadores Paulo Silva, Joel, Milan, Neif e Acassio. Em São José dos Campos eles tiveram o apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG)