A Operação Audacium foi encerrada nesta terça-feira (4), com a prisão do último suspeito foragido. Vinte acusados de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro foram presos; entre eles estão os cabeças da organização criminosa, responsáveis pela venda no varejo e familiares que se uniram aos parentes para fomentar o crime.
O delegado regional, Gustavo Manzoli, pontuou que o fim da organização criminosa que agia na região do bairro Vila Nova contou principalmente com o empenho da equipe, formada pelo delegado Cleyson Rodrigo Brene e os investigadores Bárbara, Nicole, Douglas e Sinval. “Foi um trabalho de extrema importância e divisor de águas para a Polícia Civil de Poços, que tinha a necessidade de combater o crime naquela localidade, dada a intensidade e longevidade. A equipe está de parabéns”.
O delegado promete ainda que os trabalhos vão continuar, não só para que o tráfico não retorne para o Vila Nova, mas para que ele cesse em todos os pontos da cidade.
O inquérito da Operação Audacium, que recebeu este nome em razão da audácia dos criminosos em vender drogas por aproximadamente 20 anos e bem próximo da unidade de delegacia regional, está concluído e foi encaminhado à justiça no último dia 30.
De acordo com o delegado muita gente desacreditou da eficiência da operação e até mesmo que a polícia conseguiria prender todos os envolvidos. Para ele, agora as respostas foram dadas. “A equipe está bastante satisfeita com o resultado, conseguimos efetuar a prisão de todos os investigados e não restou nenhuma prisão a ser cumprida. Conseguimos ainda apreender a grande maioria dos veículos que estava com medidas de sequestro e bloquear diversas contas. Vale lembrar que ainda aguardamos o retorno do Banco Central que vai emitir um laudo, que provavelmente, vai demonstrar uma maior vinculação dos investigados”, pontua. “Agora é aguardar a instrução do processo, que também será um momento importante para a conclusão da operação”, acrescenta.
Prisão
O delegado Cleyson Rodrigo Brene explica que desde a deflagração da operação, em junho deste ano, a equipe está monitorando os foragidos e seus familiares. Ao longo dos três meses os investigados foram sendo presos, veículos foram apreendidos e imóveis sequestrados.
No caso de Cleber da Silva Pereira, conhecido como Ditão, de 35 anos, a polícia sabia que ele tinha familiares em Limeira-SP e fez contato com a Polícia Civil e com a Guarda Civil de lá, o último buscando principalmente informações do sistema de monitoramento de veículos. “Na segunda-feira a Guarda Civil identificou um dos veículos que estava com a marcação de sequestro judicial e nos informou. Representamos junto à justiça por um mandado de busca e apreensão para a residência onde o veículo estava e que pertencia a um dos parentes do Ditão, que foi expedido, e na manhã desta terça-feira deslocamos até o local e conseguimos efetuar a prisão”, relata o delegado.
Ditão era um dos líderes da organização criminosa e um dos membros que mais ostentava com veículos de luxo.
O advogado de defesa de Ditão estava na delegacia enquanto a imprensa falava com o delegado, mas se negou a dar entrevista, bem como o acusado.
Prejuízo
Com a recuperação de mais um veículo, na manhã desta terça-feira, avaliado em aproximadamente R$ 50 mil, o prejuízo da quadrilha é de cerca de R$ 8 milhões. São dezenas de veículos, casas e chácaras sequestrados.