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O Governo de Minas Gerais impediu a divulgação por parte da Polícia Civil dos trabalhos desenvolvidos durante as investigações dos ataques orquestrados por uma facção criminosa em 17 cidades mineiras. O caso afetou a regional de Poços de Caldas, que pretendia dar uma entrevista coletiva para falar da prisão de suspeitos realizada na terça-feira (6).

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Segundo a assessoria da corporação, o governador Fernando Pimentel determinou os sigilos na terça-feira, após reunião no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, com os chefes das forças de segurança do estado. O governador ainda montou uma força-tarefa, que já está atuando junto ao setor de inteligência das corporações.

Com isso, a imprensa local ficou sem informações oficiais sobre as prisões ocorridas na terça-feira. Extraoficialmente, o que se sabe é que quatro envolvidos foram identificados: um rapaz que está detido no presídio local e teria dado a ordem para o início dos ataques na cidade; uma mulher que teria vindo de uma cidade próxima, que teria uma posição de comando dentro do Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado e iria coordenar os ataques previstos para a noite de terça-feira; um homem que teria participado da ação do último domingo (3), quando dois ônibus e uma empresa de reciclagem foram queimados; e uma mulher que teria envolvimento com um dos suspeitos e também fazia parte da facção.

Como um dos suspeitos já estava preso, os demais foram detidos. Eles confessaram o crime. A mulher de 23 anos, vinda de outra cidade, disse que a intenção era matar algum agente de segurança pública.

A reportagem do Poços Já Cidade entrou em contato com o delegado Cleyson Rodrigo Brene, que está à frente do caso, mas ele reforçou a informação da assessoria de que não poderia dar detalhes do caso ou confirmar as informações obtidas de forma extraoficial.

Além disso, a informação é de que as quatro pessoas detidas pela Polícia Militar na madrugada de segunda-feira (4) durante os ataques continuam presas: Wendel Henrique Dias de Oliveira, 19 anos, Maicon Silveira de Carvalho, 24 anos, Roberta Aparecida de Sousa Ribeiro, 29 anos, e um adolescente de 17 anos.

Ataques

Em Minas Gerais ataques a ônibus, prédios públicos e agências bancários começaram no domingo. As primeiras cidades a receber ações foram Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. No Sul de Minas foram registradas ocorrências em Varginha, Alfenas, Cruzília, Guaxupé, Pouso Alegre, Itajubá, Ouro Fino, Passos, Poços de Caldas e Monte Santo de Minas. Belo Horizonte e Santa Luzia, na Grande BH, e Araxá, no Alto Paranaíba, também são alvos.