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Kajany Gabriel de Paula Santos foi absolvido da acusação de ter matado o próprio pai, Kajany César Moreira dos Santos. A promotoria e o judiciário entenderam que o rapaz não tinha condições de saber o que estava fazendo, em razão de ser portador de esquizofrenia paranóide. A defesa, apresentada pelo criminalista Wanderley de Mello, explica que agora ele será encaminhado para um hospital judicial onde ficará em tratamento por no mínimo um ano.

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Kajany será encaminhado para tratamento médico por tempo indeterminado (Foto: arquivo)

A sentença foi proferida na tarde de segunda-feira (4) pelo juiz José Henrique Mallmann. Kajany recebeu uma absolvição imprópria, concedida quando uma doença mental é comprovada por laudo médico, mesmo o processo tendo provas da materialidade e da autoria.  Em seu pedido, o Ministério Público esclarece que a esquizofrenia impede a aplicação de pena e que o réu não tinha condições de ir a júri popular, por não interpretar a realidade.

Mesmo ficando imputável, Kajany recebeu como ‘pena’ a aplicação de uma medida de segurança. Ele deverá ser internado para tratamento médico de sua doença, em um hospital judicial, por tempo indeterminado, devendo permanecer por no mínimo um ano. “O tratamento será inicialmente por um ano, mas ele pode se estender por um período maior até que Kajany fique curado. O importante neste momento é oferecer tratamento a uma pessoa, comprovadamente, portadora de esquizofrenia paranóide”, explica o advogado.

Morte de professor aconteceu no final do ano passado (Foto: redes sociais)

Wanderley comenta ainda que a justiça acatou sua segunda tese de defesa, mas que nunca acreditou que o filho tenha matado o pai. “Entre as provas apresentadas está a presença de pegadas na casa. Ora, ele morava com o pai, é natural que tenha rastros dele lá. Além disso, quando Kajany foi encontrado na UPA, ele estava recebendo atendimento por causa de um dedo cortado, havia vidro no ferimento, mas não foi encontrado nenhum vidro quebrado na cena do crime. Por fim, as roupas do meu cliente não tinham marcas de sangue, enquanto na casa foi encontrado um verdadeiro ‘banho de sangue’. De qualquer forma, ele não tinha conhecimento do que estava acontecendo”, pontua.

Entre as provas estavam as pegadas do acusado na casa

Kajany vem sendo mantido em tratamento desde a época do crime. Agora ele deverá ser transferido, provavelmente para Vespasiano, onde existe um hospital judicial. Uma tia foi nomeada sua curadora.