Está sendo realizado, nesta quinta-feira (19), o julgamento do policial civil Thiago Galvão Bernardes pela morte do músico Yuri Antônio Gonçalves Vilas Boas, na época com 24 anos. A sessão começou às 9h.
Thiago é acusado de matar Yuri em 2016. Para decidir se ele é culpado ou não, o juiz Robson Luiz Rosa Lima preside a sessão, a acusação é apresentada pela promotora Luz Maria e a defesa é feita pelo advogado Marcelo Campos Leite.
A escolha dos sete jurados aconteceu nos primeiros minutos de sessão e foram designados cinco homens e duas mulheres. Após este procedimento, por volta das 9h20, foi autorizado ao público em geral a entrada no salão.
Foi realizado o juramento por parte dos jurados e entregue a eles as partes do processo. Em seguida, começou o depoimento das testemunhas. A primeira, de defesa, foi um médico psiquiatra que atendia Thiago antes do crime e o tinha diagnosticado com doença mental, que chegou inclusive a afastar o réu de suas atividades de escrivão na Polícia Civil.
O caso
Em maio de 2016 o escrivão Thiago, Yuri e mais um rapaz se encontraram em um bar. Foi a primeira vez que o policial falava com a dupla. Após algumas bebidas e com o horário de fechamento do bar, o trio decidiu ir para o apartamento da testemunha.
Já no apartamento, na rua Argentina, bairro Jardim Quisisana, ocorreu o assassinato. A pessoa que estava em companhia da vítima e do autor disse que sem nenhum motivo o escrivão sacou uma arma e atirou m Yuri.
A polícia foi acionada pela testemunha do crime, que disse ter fugido para não ser morta. Quando a guarnição da PM chegou ao apartamento, o músico já estava morto. Thiago estava ao lado do corpo, confuso e com sinais de embriaguez.
O escrivão foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado e por ter alterado a cena do crime na tentativa de induzir a polícia ao erro. Desde que foi preso ele permanece detido na casa de custodia da Polícia Civil em Belo Horizonte (MG).