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O júri popular de Hugo Alves Piekoszevski, de 38 anos, conhecido como Alemão, acusado de matar e sumir com o corpo de Samoel César Ferreira, em 2013, à época com 14 anos, teve início nesta quinta-feira (12). A sessão já foi adiada duas vezes e só não foi adiada hoje novamente porque o juiz determinou que se buscasse em casa uma das testemunhas de defesa.

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Rua está interditada para os carros e segurança foi reforçada (foto: Mariana Negrini)

Os trabalhos foram abertos às 9h e o corpo de jurados constituído. Foram escolhidos sete homens, que ao longo do dia vão ouvir as acusações apresentadas pela promotora Luz Maria. A defesa é feita pela defensoria pública, através da advogada Karina Roscoe. O juiz que preside a sessão é Robson Luiz Rosa Lima.

Novamente, Alemão tentou adiar o julgamento, desta vez a defesa alegou a ausência de uma testemunha. Para evitar que a sessão fosse novamente remarcada, o juiz determinou que a Polícia Militar fosse até a casa da testemunha e a levasse ao salão do júri, o que aconteceu. Com isso os trabalhos foram reiniciados às 11h, quando a delegada Maria Cecília Gomes Flora serviu como testemunha de acusação e deu detalhes do caso, por ter sido a responsável pelo inquérito policial.

Os trabalhos seguem e ainda não há previsão do horário do encerramento.

Adiamentos

O primeiro julgamento de Alemão foi marcado em outubro de 2017, quando o réu se negou a ser defendido por um defensor público. Na ocasião o pedido foi acatado e um prazo de dez dias estipulado para que ele constituísse um advogado. A nova sessão foi marcada para o dia 23 de novembro.

Na data estipulada, Alemão foi novamente levado até o Fórum, desta vez o advogado constituído renunciou ao cargo e novamente a sessão foi remarcada, para este dia 12 de abril, quando uma nova tentativa de adiamento foi feita, sem sucesso até o momento.

O caso

Hugo foi preso acusado de vários crimes: homicídio, tentativa de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, tráfico de drogas e roubo (explosões a caixas eletrônicos). Ao ser pego, em Pocinhos do Rio Verde, distrito de Caldas, ele ainda estava com seis granadas de fabricação iraquiana em uma casa usada como refinaria de drogas.  No júri ele responde pela morte e ocultação de cadáver do adolescente Samoel César Ferreira.

O suspeito nunca confessou o crime, mas a Polícia Civil conseguiu elementos que comprovam o envolvimento dele no crime. O que se sabe é que em abril de 2013 o adolescente de 14 anos desapareceu. Os levantamentos apontam que ele foi visto pela última vez com Hugo, em um carro. As investigações apontam que Samoel foi morto e o corpo escondido.

Na época das investigações a Polícia Civil fez uma grande varredura na Represa do Cipó, após receber informações de que ele teria sido enterrado lá. Com a ajuda do Corpo de Bombeiros foram realizadas mais de 60 escavações, mas o corpo nunca foi encontrado.

Outro rapaz envolvido no crime já foi julgado e condenado em 2015. Rafael Martins da Silva foi sentenciado a dez anos de prisão.