Publicidade

A rede de cursos pré vestibulares Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) pode deixar de oferecer o serviço voluntário em Poços de Caldas por falta de local para as aulas. A situação aconteceu após a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) mudar de sede e parar de oferecer uma sala para o projeto, que já trabalha há 15 anos no município.

Publicidade

O núcleo local é mantido pelo Serviço Franciscano de Solidariedade, uma associação da sociedade civil sem fins lucrativos, que sempre contou com espaços públicos cedidos para oferecer o cursinho comunitário. Agora a situação mudou.

Quem explica é o professor voluntário Tiago Mafra. Quando a sede da UEMG mudou do Jardim dos Estados para a Zona Oeste o grupo ficou sem local para funcionar, já que o prédio ficará fechado à noite. “Desde janeiro os voluntários têm buscado parcerias com igrejas ou entidades que teriam espaço a ceder, mas sem sucesso até o momento. Procuramos antigos parceiros, em especial igrejas que em algum momento da história da Educafro já cederam salas para o curso, mas no momento nenhuma pode ajudar”, lamenta.

Curso já passou por salas de igrejas e pela sede da UEMG (foto: Daniel Souza Luz)

O grupo tem insistido e ainda espera respostas de possíveis parceiros, mas ainda não há previsão para começar as atividades de 2018. A capacidade de atendimento é de até cem alunos por ano, com aulas de março a novembro. “São atendidos prioritariamente alunos negros, de menor renda, trabalhadores e oriundos de escolas públicas. São critérios estabelecidos nacionalmente pela rede Educafro e garantidos em nosso Projeto Político Pedagógico”, explica Tiago.

Tiago ressalta que já aconteceram outros problemas devido a espaço, mas desta vez a situação está pior. “Tivemos esse risco em outros momentos, mas sempre conseguíamos lugares em tempo hábil. Mas, dessa vez, nenhum lugar adequado que comporte o curso se dispôs a oferecer espaço”, finaliza.

Os interessados em ajudar podem ligar para Tiago, no 9.8803-3526, ou para Daniel, no 9.8805-7923.

O problema foi tema de uma reportagem feita pelo projeto Minas Lab em Poços de Caldas, no mês de janeiro. Assista: