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Ao intervir, polícia encontra drogas em mata. (Foto: Polícia Civil)

Uma ‘empresa de tráfico de drogas’ foi desmantelada pela Polícia Civil em ação que durou cerca de um mês, inclusive com imagens e fotos das ações criminosas. Em filmagens foi constatado que menores de idade passavam o dia em uma mata e chegavam até a receber refeições.

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De acordo com o delegado Hernanni Perez Vaz, os trabalhos começaram com as informações de que havia tráfico de drogas em uma área da avenida Leonor Furlaneto Delgado, conhecida como Estrada da Cachoeirinha. As informações apontavam ainda que menores seriam os responsáveis pela comercialização. A equipe da 1ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) foi até o local e filmou a ação por vários dias.

“Pudemos constatar que realmente o tráfico era exercido no local, por dois menores de 17 anos. As investigações nos mostraram ainda que esses adolescentes eram auxiliares de três homens na mercância criminosa. Esses maiores foram visualizados em algumas ocasiões entregando os entorpecentes e ainda deixando os infratores no local dos fatos”, explica o delegado.

Com o esquema traçado e suspeitos identificados, a Polícia Civil desencadeou uma operação e realizou a abordagem e apreensão dos adolescentes. Foram apreendidas com eles várias porções de drogas, maconha, balança de precisão e material para embalagem.

Zezinho está foragido e polícia pede ajuda para o localizar (foto: Polícia Civil)

Foram expedidos mandados de prisão temporária contra Gilberto Rossi Gomes, Gilbertinho, José Carlos Passos, Zé Buri, e José Carlos de Almeida Passos, o Zezinho. Gilbertinho e Zé Buri foram presos semana passada e Zezinho segue foragido, por não ter sido encontrado em casa ou nos lugares procurados.

“Com a divulgação das imagens de Zezinho, filho do Zé Buri, que também está preso, solicitamos o apoio da população para que caso tenha notícias do paradeiro deste indivíduo que nos contate via 197 ou a Polícia Militar pelo 190 para que possamos dar cumprimento a esse mandado de prisão”, pontua Vaz.

Empresa

O esquema parecido ao de uma empresa lícita e funcionava bem. Os menores chegavam pela manhã e atendiam os clientes quase que o tempo todo. Nos horários de refeições, moto-entregadores chegavam ao local com marmitex e outros alimentos para que os adolescentes não precisassem deixar os trabalhos.

Local era para a venda e fracionamento da droga. (Foto: Polícia Civil)

“Esses menores eram levados até o local pela manhã, passavam o dia todo lá vendendo drogas e chegaram a receber alimento. Isso nos demonstra que eles estavam bastante acostumados ao local e já não acreditavam em uma intervenção policial, como aconteceu”, esclarece o delegado.

Prisões e destinos

Como era de se esperar, os adolescentes tentaram assumir toda a responsabilidade sobre o crime e isentar os adultos envolvidos. “Essa é uma maneira usual que os traficantes se utilizam, de colocar os infratores à frente do crime, para que esse menores assumam toda a responsabilidade criminal pelas condutas que os maiores estão praticando”, explica Vaz.

Os dois adolescentes apreendidos foram apresentados ao Ministério Público e os dois maiores encaminhados ao presídio. Os menores respondem por ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas e os maiores respondem por tráfico com agravante por aliciamento de menores para a prática.

Três veículos e uma motocicleta, utilizados para o tráfico ou com sinais de adulteração, foram apreendidos durante os trabalhos.

A equipe que trabalhou nas investigações é formada por Everton, Marcos, Douglas, Joel, Milan, Giju e Galo, além do delegado.