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Atividades do Castramóvel estão suspensas (foto: Prefeitura de Poços de Caldas).

Com o Castramóvel paralisado desde o início do ano, a prefeitura optou por credenciar clínicas veterinárias para realizarem o procedimento. Segundo o secretário adjunto de Saúde, Flávio Lima e Silva, o serviço não deixa de existir, mas está com atividades suspensas.

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O coordenador da Vigilância Ambiental, Jorge Ferreira do Lago, explica que neste ano não foi realizado nenhum procedimento. É preciso adequar o veículo a exigências da Vigilância Sanitária.  “São questões como o espaço físico, prontuário de atendimento e outros que precisam seguir padrões. A mais difícil é com relação ao layout do Castramóvel, que demanda mais investimento e tempo”, esclarece Jorge.

O Castramóvel foi criado em 2014 e desde então foram realizadas 1.600 cirurgias. A previsão é que ainda neste mês seja aberto um cadastramento de clínicas veterinárias interessadas em prestar o serviço. A ideia é que a castração tenha preço mais acessível, com contrapartidas do município e do proprietário do animal. “Essas clínicas vão se credenciar e realizar o procedimento. Posteriormente a prefeitura vai fazer o repasse de verba, como uma maneira de dar continuidade às castrações”.

Associação de Proteção Animal

A voluntária da causa animal e membro da Associação de Proteção Animal (APA ) Glaucia Regina Miyahara conta que faz resgate com bastante frequência e que o serviço de castração é muito importante. Enquanto o Castramóvel não volta a funcionar, ela tem feito as cirurgias de modo independente, arcando com os custos ou realizando ‘vaquinhas’ pela internet e rifas. “Precisamos dessas castrações para evitar que continue ocorrendo o avanço da população animal desordenada. Pra isso, faço o que posso, pago do meu bolso ou busco ajuda, mas um serviço público, de qualidade, seria o ideal”, conta.

Glaucia já usou o serviço de castração municipal na administração 2008/2012, quando as cirurgias eram realizadas por clínicas. “Na época paguei pouco mais de R$ 30 e levei uma cadelinha a uma clínica. Ela foi muito bem atendida e o resultado foi satisfatório, então acredito que a ideia de credenciar clínicas seja uma opção viável. O Castramóvel atendia apenas os machos, quando foi lançado, e mais para o final algumas fêmeas foram atendidas”, esclarece a protetora.

“Acho importante o retorno do Castramóvel, mas isso precisa acontecer com cautela. Já houve casos de óbitos por cirurgias duvidosas, que hoje são inclusive motivo de processos. O serviço é ótimo, mas é preciso preparação, cuidado e profissionais capacitados”, enfatiza Glaucia.

Para finalizar a protetora lembra que além de realizar as cirurgias é preciso uma responsabilização profissional, alguém que possa ser procurado no caso de algum problema com a cirurgia ou o animal. Ela ainda lembra de outros problemas, que precisam ser resolvidos durante esse processo de adaptação do serviço. “Falo isso porque já houve vezes em que fui até o Castramóvel e não havia materiais esterilizados para todos os animais, não vi autoclaves, outras não tinha energia elétrica disponível e o ar condicionado não funcionava. São coisas que precisam estar em ordem para o bem estar animal”, acrescenta.