Comum em pessoas que trabalham ao ar livre, o pterígio pode até causar perda visual. Para saber mais sobre o assunto, a reportagem do Poços Já procurou o médico oftalmologista Carlos Aterje.
De forma geralmente triangular, o pterígio cresce na lateral do olho e segue em direção à córnea. A lesão causa grande desconforto, com sensação de areia, vermelhidão e lacrimejamento. Caso chegue à córnea, pode distorcê-la e até gerar astigmatismo.
Segundo Aterje, o problema ocorre com maior frequência em pessoas com alta exposição ao sol, devido à radiação ultravioleta. “Por isso, o pterígio aparece mais em países tropicais e trabalhadores rurais, por exemplo, ou quaisquer outros indivíduos que passem muito tempo ao ar livre. Usar óculos escuros ajuda a prevenir ou pelo menos retardar o surgimento, pois muitos possuem predisposição genética”, comenta.
O oftalmologista ainda explica que o tratamento varia de acordo com o tamanho da lesão. Quando diagnosticado logo no início, colírios lubrificantes podem ser suficientes. Porém, à medida que o pterígio cresce, surge a necessidade de cirurgia, inclusive com a possibilidade do transplante de conjuntiva, a membrana que cobre a parte branca do olho.
O pós-cirúrgico é simples, com colírios anti-inflamatórios e pomadas cicatrizantes. “Muitas vezes o pterígio é confundido com ‘catarata’, apesar de ser muito diferente. Por isso, antes de tomar qualquer decisão, é sempre importante consultar um médico oftalmologista”, conclui Aterje.