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Ensaios da Vida Ordinária – 10/10/2018

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Quem carrega o sentimento
De lamúria e tormento
Por não ser o que esperava
Bate asas contra o vento
Nunca será cem por cento
Feliz como almejava

E quem carrega o cansaço
Do pesar a cada passo
Por não ser o que queria
Nada contra a correnteza
Nunca terá a certeza
De se ver feliz um dia

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Hoje, lendo uma poesia
Ela me fez lembrar de um tempo
Onde o tempo não fazia
Falta, lógica ou argumento
De um tempo tão perfeito
Que me fez sentir no peito
Um aperto.
Como há muito eu não sentia.

Tempo saudoso, sem vaidades
Tempo ocioso, tempo de verdade
Não o tempo do compromisso,
Do trabalho
Ou do amor omisso.
Sinto saudades.

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Dos terrenos baldios donde
Criavam-se brincadeiras sem fim
Das bolas de meia
cirandas, escondes
Volta, tempo. Volta pra mim.

Sinto saudades
Das velhas canções que falavam de amor
Do rancho fundo
Na infância, uma eternidade
Na eternidade, um segundo
Volta, tempo. Volta por favor.

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Mas o tempo não volta e me cobra
Que eu não o tenha de sobra
Mas que seja refém do hoje
E eu insisto, todo dia
Em despertar a nostalgia
Do passado que me foge

Que o aperto no peito se
torne desejo,
No âmago de minha
angústia sincera,
De não mais ser quem
hoje vejo,
Mas de voltar a ser
quem era.

Não obstante, o passado não é distante.

*Anderson Loro é psicólogo e músico. Como psicólogo, atua em clínica particular, e no serviço público pela Prefeitura de Poços de Caldas, com pessoas em situação de rua e com grupos de homens denunciados por meio da Lei Maria da Penha. Como músico, atua em diversos grupos, dentre eles a Banda Capitão Vinil.

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