A Câmara Municipal de Poços de Caldas recebeu, durante a noite desta quinta-feira (15), um ato em memória da socióloga Marielle Franco, que era vereadora na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e morreu assassinada na quarta-feira (14). Os presentes acenderam velas, fizeram um minuto de silêncio e em seguida se manifestaram em uma intervenção coletiva.
Participaram do evento grupos locais, além de membros do Psol poços-caldense e de parte da Câmara, representada pelos vereadores Ciça Figueiredo (PT), Álvaro Cagnani (PSDB), Joaquim Alves (MDB), Lucas Arruda (Rede), Lígia Podestá (DEM), Pedro Pagalhães (PSDB) e Paulo Tadeu (PT). O presidente da Casa, Antônio Carlos Pereira (DEM), e o parlamentar Gustavo Bonafé (PSDB) enviaram justificativas pela ausência.
Ciça iniciou o ato, que contou com o plenário lotado. “Ela era uma mulher de guerra, de luta, que vinha lutando contra todo tipo de preconceito, que era militante dos direitos humanos. Eu fico muito feliz de ver essa casa cheia de jovens, de mulheres, de crianças, de homens, que lutam pelo mesmo ideal que nós, por justiça e por igualdade”, comentou.
O evento já estava marcado para a apresentação do documentário Pelas Margens, como parte da programação do mês da mulher na Câmara. O projeto, que aborda a participação feminina na literatura, é idealizado e produzido pela jornalista Jéssica Balbino. “Era pra ser um dia muito feliz, por exibir esse documentário hoje na Câmara. Mas, infelizmente, está atrelado a um dia muito triste, extremamente triste, para todo o Brasil”, declarou a jornalista.
Execução
Uma das hipóteses consideradas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro é de execução. Marielle estava em um carro, junto do motorista e de uma assessora, quando outro veículo parou ao lado. Nesse momento os nove tiros foram disparados e pelo menos quatro acertaram a cabeça da socióloga. O motorista, Anderson Pedro Gomes, também morreu. A assessora, que sobreviveu, já prestou depoimento à polícia.