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Poços de Caldas

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Câmara recebe ato em memória de vereadora morta no Rio

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A Câmara Municipal recebe hoje (15), um ato em memória pela vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro, executada a tiros, na noite de quarta-feira (14), na região central do Rio. O movimento tem por objetivo enfrentar a perda e incentivar as pessoas a não se calarem diante das injustiças, em especial, do genocídio do povo negro.

O ato acontecerá às 19h30, logo após a apresentação da jornalista Jéssica Balbino sobre o seu projeto Margens, que trata de mulheres na poesia marginal e faz parte da programação do Mês das Mulheres. Na sequência está programada uma roda de conversa, quando ocorrerá o protesto. “O legislativo era a casa dela, e com a notícia do assassinato veio a ideia de fazer o ato”, explica Andréa Benetti, do PSOL de Poços.

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A sugestão é que todos participem, não só mulheres, negros e militantes da causas de direitos humanos. A proposta é que as pessoas se vistam de preto e levem velas brancas. “O ato será emblemático, estamos tentando reunir o maior número de pessoas possível e a ideia é que em determinado momento, as luzes sejam apagadas e a gente fique assim por nove minutos, com as velas acesas, em alusão aos nove tiros com que ela foi executada. Após este tempo, uma mulher negra vai falar sobre o genocídio do povo negro e da luta da companheira Marielle no Rio, por direitos humanos”, comenta Andrea.

O que aconteceu com Marielle pode estar distante da realidade de Poços de Caldas, onde não se tem intervenção militar ou execução de pessoas em razão da cor da pele e do gênero, mas trazer a pauta é falar dos direitos humanos de qualquer cidadão, em qualquer parte do mundo.

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“O genocídio do povo negro é um problema nacional e a luta de Marielle era por direitos. Ela havia acabado de denunciar casos de execução antes assassinada. Agora cabe a todos dar continuidade ao trabalho que ela iniciou, porque sua morte afronta a democracia”, pontua Andrea.

A vereadora Maria Cecília Figueiredo Opipari, a Ciça, também faz parte da organização do ato, e se sentiu diretamente atingida. “Marielle era militante dos direitos humanos, mulher e vereadora e neste momento de tristeza, eu, enquanto vereadora e militante dos direitos humanos, repudio qualquer tipo de barbárie que vem acontecendo, temos que protestar cada dia mais, contra esses atos bárbaros. Me identifico com ela nessas causas e me sinto, como mulher, cada vez mais intimidada pela repressão e pelo momento de retrocesso que vivemos”, pontua.

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Ciça lembra que o ato será estendido ao motorista do carro em que Marielle estava e que também foi assassinado.

Marielle Franco

Marielle Franco nasceu na favela da Maré, no Rio de Janeiro. Era socióloga, militou pelos direitos humanos e se elegeu vereadora  em 2016, pelo PSOL, com 46,5 mil votos, a quinta maior votação da cidade. No legislativo suas principais causas eram a melhoria das condições das creches e escolas, garantindo a diversidade de perspectivas; do transporte público, marcado por envolvimentos com o setor privado; e da cultura.

Marielle acompanhava, na condição de vereadora, a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades e chegou a receber denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio.

Ela vinha fazendo denúncias pelas redes sociais e horas antes de morrer havia postado a seguinte mensagem: “Outro homicídio de um jovem que pode entrar na conta da polícia. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos jovens precisarão morrer para que essa guerra aos pobres acabe?”, questionou.

Nota PSOL

Em nota, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) manifestou seus sentimentos à vereadora e ao motorista e ressaltou: “A atuação de Marielle como vereadora e ativista dos direitos humanos orgulha toda a militância do PSOL e será honrada na continuidade de sua luta. Não podemos descartar a hipótese de crime político, ou seja, uma execução. Marielle tinha acabado de denunciar a ação brutal e truculenta da PM na região do Irajá, na comunidade de Acari. Além disso, as características do crime com um carro emparelhando com o veículo onde estava a vereadora, efetuando muitos disparos e fugindo em seguida reforçam essa possibilidade. Por isso, exigimos apuração imediata e rigorosa desse crime hediondo. Não nos calaremos!”

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