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Onde vivem os monstros

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Os hóspedes do sistema prisional brasileiro vivem a dar trabalho. Muito trabalho! Rebeliões espocam aqui e ali, durante todo o ano, por todo o país. Ou seja, não existe um só estado da federação em que se possa dizer que não haja problemas nos presídios.

Há muitos monstros incorrigíveis entre esses presidiários, pessoas totalmente incapazes de retomar a vida normal fora da cadeia. São homicidas em série, estupradores contumazes, traficantes impiedosos, contrabandistas de armas, chefes de organizações criminosas, políticos corruptos e outros mais.

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Mas há também pessoas que alimentam o desejo de se recuperar para voltar à sociedade depois de pagar suas dívidas para com ela. Mas essas pessoas esbarram cotidianamente na lentidão da justiça e na insensatez da burocracia. Aliás, esta deveria ser a principal função dos presídios, ou seja, a recuperação do preso e sua reinserção social.

Coisa que não se vê na maioria deles que são, na verdade, escolas de delinquência, dominadas pelo crime organizado. Vez por outra, em busca de hegemonia, as facções dominantes saem no tapa – ou na facada – e muitas cabeças rolam, literalmente.

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A bola da vez é o Estado de Goiás, reduto eleitoral do PSDB, com o Governador Marconi Perillo. Ele está em seu quarto mandato à frente do governo do estado (1999 a 2002, 2003 a 2006, 2011 a 2014, e o atual mandato de 2015 até 2018). Um desempenho extremamente respeitável em termos eleitorais.

Porém, qualquer pessoa minimamente sensata é capaz de concluir, ele acaba de passar um atestado de incompetência no quesito administração penitenciária depois de quatro mandatos. Esta é uma atribuição exclusiva dos governos estaduais, muito embora os governadores tentem empurrar a responsabilidade para o governo federal.

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Os discursos do governador de Goiás apontam exatamente nessa direção, apesar de ter recebido recentemente verbas de mais de trinta e cinco milhões de reais para aplicação no setor, da mesma forma que outras unidades da federação. Notícias apontam que ele usou somente pouco mais cinco milhões. Não existem justificativas pra isso.

Ou será que existem? Se, porventura, existirem, não consigo sequer imaginar quais sejam. Principalmente para um governador que tem no currículo quatro mandatos, desempenho, repito, invejável.

Performance digna das mais tradicionais e desastrosas dinastias estaduais da política brasileira, cujo exemplo maior é a família Sarney no Estado do Maranhão, que sobrevive na política desde os anos cinquenta, sempre ao lado do poder central.

Então deixemos aqui duas questões para reflexão:

  • Os verdadeiros monstros incorrigíveis estão nas cadeias e penitenciárias, empilhados e desassistidos?
  • Ou nos vários escalões dos poderes Executivo e Legislativo, onde se escondem esses ladrões do povo, que roubam os recursos necessários para a resolução definitiva dos problemas?

Pensemos…

*José Nário é escritor, engenheiro florestal, especialista em Informática na Educação, Gestão Ambiental e Educação Inclusiva e autor dos livros “Lelezinho, o pintinho que ciscava pra frente e andava pra trás”, “Lelezinho vai à escola” e “Minha janela para o nascente”.

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