O estrabismo é mais do que uma questão estética. Este é um problema que pode prejudicar a visão e precisa de tratamento específico e diagnóstico precoce.
O médico oftalmologista Carlos Aterje informa que o deslocamento do olho é causado por diferença na potência dos músculos ao redor, que podem puxar o órgão para fora (exotropia) ou para dentro (esotropia), além do deslocamento vertical.
Geralmente os casos são genéticos e se manifestam já na infância. “Quando há histórico na família, os pais devem levar os filhos para serem examinados imediatamente, assim que nascem. Existem casos que já começam com recém-nascidos e outros que aparecem depois, até a criança completar sete anos”, explica Aterje.
Os adultos também podem ser surpreendidos com o estrabismo, devido a problemas como diabetes, obstrução de artéria e tumor ou lesão cerebral.
Tratamento
Há diferentes formas de tratamento, que vão da cirurgia à simples correção por meio de óculos ou lentes. Quando a criança tem apenas um lado estrábico, é importante tampar o olho que está posicionado corretamente.
A medida é necessária porque o sistema nervoso naturalmente ignora a visão que vem do olho estrábico. Caso isso não seja feito pode ocorrer ambliopia, que é o desenvolvimento da visão em apenas um olho. Todo o tratamento precisa ocorrer antes dos sete anos de idade, pois nessa idade o desenvolvimento ocular é concluído.
O estrabismo também pode ser provocado por problemas mais comuns, como miopia e hipermetropia. Nesses casos, a correção do grau é suficiente para ajustar a visão.
O principal alerta feito pelo oftalmologista é para os pais. “Os pais devem prestar atenção se a criança entorta o olho, se aproxima do olho objetos para enxergar, se tem dificuldade para enxergar de perto ou longe. Muitas vezes o estrabismo pode ser imperceptível. Por isso, o ideal é sempre levar as crianças ao oftalmologista”.
O Centro Oftalmológico dr. Carlos Aterje fica na rua Ceará, 188, Centro de Poços de Caldas. O telefone é 3722-2808.