O diretor presidente do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), o engenheiro Antonio Roberto Menezes, esteve na Câmara Municipa durante a sessão de terça-feira (24) para prestar esclarecimentos aos vereadores. Ele foi convocado a comparecer à Casa por conta da baixa quantidade de esgoto tratado e a realização de cortes de água em algumas regiões da cidade. Em suas afirmações ele pontuou que apenas cerca de 30% de todo o esgoto é tratado em Poços de Caldas.
O diretor entregou a cada vereador um relatório resumido das atividades de tratamento de água e esgoto. “Estamos trabalhando para sermos os melhores, mas temos falhas, não somos perfeitos e algumas coisas acontecem. Mas, no geral, o DMAE é uma autarquia de servidores comprometidos”, esclarece.
Menezes informou que o departamento tem três estações para o tratamento de água, além de uma desativada por ter um custo muito acima das demais para o tratamento do metro cúbico. São seis reservatórios em funcionamento com capacidade de 28 milhões de metros cúbicos. “Nossa cidade, em termos de topografia, tem um relevo bastante acidentado que complica, não só a coleta e o transporte de esgoto, mas também a distribuição de água, por isso são 40 estações elevatórias de água, funcionando simultaneamente”, explica.
As perdas de água ainda estão acima do patamar aceito, segundo o diretor, mas os trabalhos seguem com a instalação de válvulas redutoras de pressão e outros, inclusive com a substituição de redes antigas.
Esgoto
Quando o assunto é esgoto, Menezes garante que a situação realmente não está como gostariam, mas acredita que não seja uma falha das administrações públicas. “Nós temos hoje uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na rodovia do Contorno, que tem capacidade para tratar até 100 litros por segundo, mas atualmente só trata algo entre 30 e 40 litros por segundo. A eficiência dela não está como gostaríamos que estivesse e por isso já estamos realizando algumas intervenções para que ela atinja, pelo menos, os 60% de remoção da carga orgânica”, esclarece.
Na ETE do Bortolan a situação é melhor, com vazão de 90%, mas sua capacidade é pequena. No entanto, com a junção das duas estações, afirma que estão tratando de 28 a 30% do esgoto gerado no município. “Não há porque escondermos esses números, somos bons em algumas coisas e não tão bons em outras, mas procuramos melhorar”, afirma.
A expectativa é a conclusão da ETE I até o final de 2018, quando 100% do esgoto será coletado e tratado.
Esgoto a céu aberto
Questionado pelo vereador Carlos Roberto (PSC) sobre a existência de esgoto a céu aberto no bairro Jardim Kennedy, o diretor disse que é necessária a construção de redes, que já tem ordem de serviço expedida em 2016, mas que o solo do bairro dificulta a execução dos trabalhos. “A empresa trabalhou em outubro, novembro e dezembro, solicitando a paralisação dos trabalhos, por quatro meses, em razão do período chuvoso, tendo as obras recomeçadas, mas houve problemas na relação com esta empresa quando das fiscalizações, mas o caso acabou se tornando um processo administrativo, ainda em andamento”, esclarece Menezes.
O diretor ainda pontua que, caso seja necessário, ele vai utilizar servidores do departamento, mas acredita que o assunto seja resolvido o quanto antes.
