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Poços de Caldas

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Audiência pública é marcada por protesto na Câmara Municipal

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Manifestantes levaram cartazes contra moção de repúdio (foto: Juliana Gandra).

“Mais respeito, menos censura”, “O estado é laico” e “Menos intolerância, mais diversidade” eram mensagens em alguns dos cartazes expostos por militantes e membros de coletivos durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Poços de Caldas nesta quarta-feira (4).

O tema do encontro, “Cultura e as perspectivas no Sistema Municipal de Cultura”, proposto pelos vereadores Maria Cecília Opípari e Paulo Tadeu (ambos do PT), foi diversas vezes lembrado pelo presidente da Casa, Antonio Carlos Pereira. Logo no início da audiência, ele releu o documento escrito pelos parlamentares e enfatizou que qualquer ato contrário ao objetivo da reunião seria imediatamente interrompido.

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Apesar disso, os manifestantes subiram ao segundo andar do plenário e estenderam os cartazes para a mesa composta por Pereira, pelo secretário de Cultura, Hudson Vilas Boas, pela arte-educadora e gestora cultural Daniela Marco Antônio Alvisi, pelo presidente do DME, Nilson Pereira de Souza, e pelo presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, Pedro Cézar Carvalho de Moraes.

Plenário estava lotado (foto: Juliana Gandra).

Um dos principais motivos para o protesto foi a moção de repúdio ao Ministério da Cultura, Banco Santander e organizadores da exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, de autoria dos vereadores Carlos Roberto de Oliveira Costa (PSC), Joaquim Alves (PMDB), Marcelo Heitor (PSC), Mauro Ivan (PSB), Paulo Eustáquio (PMDB), Pedro Magalhães (PSDB), Ricardo Sabino (PSDB) e Wilson Silva (DEM), aprovada na última semana por doze votos contra dois.

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Juntos, vários movimentos chegaram a redigir uma carta aberta à Câmara. A intenção era que o documento fosse lido pela estudante Paula Montenegro na tribuna. “Entendemos que a Câmara de Poços tem que se voltar mais aos assuntos da nossa cidade, porque temos muitas coisas para serem resolvidas aqui. Além disso, esse posicionamento reflete os pensamentos dos nossos vereadores sobre a questão da diversidade. Muitos já até se posicionaram sobre o assunto de forma ignorante. Digo ignorante porquê eles ignoram todos os outros conhecimentos e se embasam nas suas crenças religiosas para julgar o assunto, colaborando muitas vezes com a perpetuação de preconceitos e violências. É um erro utilizar religião para tratar de assuntos políticos pertinentes ao município”, declarou.

Como as inscrições para uso da tribuna já haviam sido encerradas, a carta foi protocolada na recepção da Câmara e será entregue aos vereadores.

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Na tribuna 

Ao todo, nove pessoas expuseram suas opiniões com relação à política cultural local e assuntos relacionados ao tema da audiência na tribuna popular. Entre eles o ex-secretário de Cultura, João Alexandre Moura, que ressaltou a importância de projetos e leis que incentivam artistas locais.

Membros de projetos culturais e artistas também se manifestaram. Cada um tinha dez minutos para concluir suas falas. Os ânimos chegaram a se exaltar quando Lúcio Marcos Naves declarou repúdio à exposição Queermuseu e foi prontamente vaiado pelos manifestantes.

Arquiteta Sandra Ribeiro não pode concluir sua fala (foto: Juliana Gandra).

Última a fazer uso da tribuna, a arquiteta Sandra Ribeiro foi interrompida por Pereira ao citar a moção aprovada pelos vereadores. Ela ainda tentou argumentar que faria uma associação com a cultura local, mas não conseguiu concluir o discurso, com apenas dois minutos de fala.

Encerradas as participações da população, os membros da mesa também se pronunciaram e prestaram esclarecimentos antes do encerramento do evento.



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