- Publicidade -
16.9 C
Poços de Caldas

- Publicidade -

QUEERMUSEU | Moção de repúdio gera debate acalorado na Câmara

- Publicidade -

A sessão ordinária desta semana, na Câmara Municipal de Poços de Caldas, teve uma moção de repúdio à exposição Queermuseu, realizada em Porto Alegre (RS), o que gerou um debate acalorado entre alguns vereadores.  O documento foi apresentado pelos vereadores Ricardo Sabino(PSDB), Wilson Silva (DEM), Marcelo Heitor (PSC), Mauro Ivan (PSB), Pedro Magalhães (PSDB), Paulo Eustáquio (PMDB), Carlos Roberto (PSC) e Joaquim Alves (PMDB).

Carlos Roberto foi o primeiro a falar, assim que foram abertas as discussões. “Nossa civilização é influenciada pelo cristianismo e essa exposição afrontou os valores do catolicismo e do cristianismo”, pontuou.

- Publicidade -

Ele foi seguido da vereadora Maria Cecília Figueiredo Opípari, que se colocou contrária à moção. “Entendo que os nobres colegas defendam a sua religião, também sou católica, não iria a uma exposição dessas por não me sentir atraída, mas quero deixar claro que estamos trazendo para Poços de Caldas uma discussão que aconteceu fora do nosso município e estado”, iniciou. “Temos que defender a liberdade de expressão, em nenhum minuto eu poderia ser contrária a qualquer tipo de manifestação cultural”, acrescentou.

Ricardo Sabino argumentou dizendo que a mostra está fazendo referência a zoofilia e a pedofilia, que são crimes e que isso não dialoga com ele. Ciça respondeu que ao falar de pedofilia não se pode esquecer da igreja católica e que, se forem partir para este assunto, vão debater questões alheias ao município, e sem competência para debater se é cultura ou não. Ela ainda pediu mais coerência ao discutir determinadas questões, já que estão ali como representantes do povo e não de suas opiniões pessoais.

- Publicidade -

Neste momento a discussão ficou mais forte e o presidente Antônio Carlos Pereira pediu respeito aos colegas. O debate seguiu com o posicionamento de Wilson Rodrigues da Silva, que defendeu a posição de Ricardo por acreditar que a moção precisa ser trazida por ferir os direitos dos cidadãos brasileiros. “Temos a liberdade de discutirmos o que pensamos ser certo, ainda que estejamos errados, temos essa liberdade e não abro mão dela. Foi usado dinheiro público e eu, como contribuinte, não gostaria que meu dinheiro estivesse ligado a uma exposição desta”.

Carlos Roberto retomou a palavra para defender a Igreja Católica, explicando que ela nunca apoiou a pedofilia, mas reconhece a existência de casos isolados, além de pontuar que a Câmara é realmente plural, como ela disse, e por isso essas discussões podem ser debatidas ali.

- Publicidade -

Paulo Tadeu, ao assumir a palavra, disse estar assustado com a intolerância vivida no Brasil. “Basta uma interpretação equivocada para que as pessoas se mobilizem por um objetivo de defender coisas que até desconhecem. A moção indica que eram 270 obras, entre aspas, como fez aqui o vereador Ricardo Sabino, de 90 autores. É difícil a gente ver uma obra de artes plástica com mais de um autor. Entre os artistas estavam Portinari, Volpi, e essa Câmara vai chamar obras desses artistas de obras entre aspas”, destaca. Ele ainda pontua que apenas cinco telas apresentaram coisas que impediram a mostra, que são situações que ele também não aprova, mas que não iria impedir que alguém fosse ver. “Não podemos voltar ao tempo em que se queimava livros. As pessoas não precisam da nossa tutela pra dizer o que elas podem ou não ver, isso é um erro”, rebateu.

Lucas Arruda afirmou que acompanhou as discussões com atenção, e acredita que “a arte não pode ser oprimida, mas que a liberdade de expressão também não é uma carta em branco para ser usada para agredir alguns segmentos, e neste caso entende que houve exageros e equívocos”.

O último a falar foi Gustavo Bonafé, que confessou que essa é uma das matérias mais desconfortáveis de se debater, por entender que houve exageros de vários lados. “É injusto no final escolher a favor ou contra dentro de uma discussão que sucinta uma série de debates e que não acha legal generalizar uma exposição com tantas obras e artistas”.

O presidente colocou a moção em votação, que foi aprovada por 12 votos contra dois.



- Publicidade - Laboratório Prognose
- Publicidade - Laboratório Prognose
- Publicidade - Laboratório Prognose
- Publicidade - Laboratório Prognose
Veja também
- Publicidade -






Mais do Poços Já
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Don`t copy text!