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Poços de Caldas

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Moradias irregulares são assunto na Câmara

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Fotos feitas por vereadora mostram situação de ocupação irregular na rua Caconde.

No dia 15 de agosto, a Prefeitura de Poços de Caldas, numa ação conjunta entre as secretarias de Promoção Social, Serviços Públicos, Polícia Militar, DMAE e DME visitou cerca de três famílias que vivem em moradias irregulares ao longo da avenida Edmundo Cardillo, Zona Leste da cidade. A notícia de que estas pessoas haviam sido retiradas do local virou polêmica ao ser comentada durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal, na terça-feira (22).

Em um requerimento assinado pelos vereadores da oposição, Maria Cecília Opípari e Paulo Tadeu, ambos do PT, são questionadas as condições em que esta medida foi tomada.”As pessoas não podem viver desumanamente, principalmente num lugar que não tem nenhuma estrutura mínima de saúde pública. As famílias foram retiradas, mas o que me chamou atenção é que foi amplamente divulgado [pela Promoção Social] que seria doada uma área para essas pessoas. Eu fico preocupada porque, para fazer uma doação de área para pessoa em particular, temos que passar todo esse processo pela Câmara e isso não ocorreu”, declarou Ciça.

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No documento, que será encaminhado à secretaria de Promoção Social, os parlamentares também anexaram fotos de outras famílias que vivem a mesma situação, pedindo informações sobre ações que podem ser feitas para resolver o caso. “A administração de uma cidade como Poços deve ter um compromisso ético e um compromisso estético. Eu entendo que o compromisso ético antecede o estético. Neste caso específico é um compromisso estético em que pouco conta a situação de pobreza, miséria e de abandono das pessoas”, pontuou Tadeu.

Discussão 

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Líder do PSDB na Câmara, o vereador Álvaro Cagnani mostrou-se extremamente irritado com o assunto e as declarações feitas pelos vereadores da oposição com relação ao prefeito Sérgio Azevedo. “O prefeito atual não prometeu fazer loteamentos populares, não prometeu fazer casas. A Prefeitura não tem recursos, depende de terrenos, de empreiteiras, do governo do Estado. Não se pode querer colocar na boca do prefeito coisas que ele não falou, querer jogar nas costas dele, que entrou ontem. Só para lembrar, quem comprou terreno aqui em Poços para instalação de casas e loteamentos populares chama Sebastião Navarro Vieira [referindo-se ao ex-prefeito de Poços nas gestões 1989-1992 e 2005-2008]. Os outros prefeitos não compraram nem um centímetro de terra por população. Verdade seja dita. Se o prefeito anterior não conseguiu, ele [Sérgio], em seis meses, vai fazer o quê?”, declarou.

As afirmações de Cagnani foram logo respondidas por Paulo Tadeu, que entre 2001 e 2004 também foi prefeito de Poços. “Vossa excelência se engana ao meu respeito. Eu reconstruí o São Sebastião II. Se o senhor não se recorda, no final do ano 2000, a empreiteira não pagou os funcionários e todas as poucas casas construídas foram derrubadas pelos operários. O São Sebastião II foi reconstruído por mim, não só reconstruído como pavimentado. Parte do bairro São Jorge foi uma contratação feita na minha administração. Os 200 lotes de terreno do Keneddy foram levantados e negociados com a Alcoa no meu governo. Há aí um equívoco, um desconhecimento de vossa excelência”, contra-argumentou.

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O pedido de informações foi aprovado por 12 votos.

Prefeitura

Vereadores questionam o que será feito em moradias irregulares em outros locais da cidade. (foto: rua Caconde/ Maria Cecília Opípari).

Poços Já Política também esteve com a secretária de Promoção Social, Luzia Teixeira Martins. Ela informou que as famílias não foram retiradas do local e que a ação da Promoção Social tinha como objetivo apenas prestar auxílio e mostrar novas possibilidades aos moradores irregulares. “Todas as secretarias envolvidas no caso de questões erradas e irregulares fizeram a ação. A Promoção Social estava junto para proporcionar aos usuários alternativas. Em nenhum momento eles foram retirados do local, eles permaneceram lá. A ocupação é irregular? É. Eles merecem morar num lugar melhor? Merecem. É por isso que a secretaria de Promoção Social está junto, para que isso possa acontecer”, explica.

Ela nega ainda a declaração de que teria anunciado doação de terrenos para abrigar as famílias. “Temos um caso [na avenida Edmundo Cardillo] de uma família vivendo numa situação realmente precária. O que fizemos foi conversar com eles e ver se têm interesse em mudar para outro local. Em momento nenhum oferecemos terreno para construir ou casa. Não podemos prometer isso. O que oferecemos como alternativa foi a possibilidade de pagarem um aluguel social até que se organizem”, pontua.

Por fim, Luzia voltou a ressaltar que a situação de famílias em moradias irregulares na cidade é delicada e precisa ser analisada com máximo cuidado. Ela ressaltou a secretaria atua em diversas áreas, sempre respeitando o desejo dos moradores e oferecendo possibilidades. “Nosso papel é cuidar deles e não enxotá-los. Fomos juntos para que nada de mal acontecesse. Estamos sempre atuando, conversando com estas pessoas para ver a melhor forma de ajudar”, finaliza.



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