Nesta época do ano, o frio contribui para a disseminação de uma doença ocular que pode atrapalhar a vida de muita gente: a conjuntivite. Olhos vermelhos e doloridos, sensação de areia e pálpebras inchadas estão entre os sintomas.
O médico oftalmologista Carlos Aterje, de Poços de Caldas, conta que tem aumentado muito o atendimento a pacientes com conjuntivite. É uma inflamação da conjuntiva, membrana transparente que cobre os olhos, e pode ter origem alérgica, viral ou bacteriana.
“Na maioria das vezes, os pacientes adquirem conjuntivite ao coçar os olhos. Apertar as mãos de alguém ou mexer com dinheiro antes de levar os dedos em contato direto com o globo ocular pode provocar não somente conjuntivite, mas também outros problemas de visão”,
esclarece o oftalmologista.
Alérgica, viral, bacteriana
A conjuntivite alérgica é comum em pessoas com problemas como rinite, bronquite e outras doenças causadas por alergias. Pode ser causada por poeira, pólen, fumaça de carro e poluição, entre outros fatores que ficam mais presentes durante períodos secos como o atual.
O tipo mais agressivo, que também torna-se mais recorrente no inverno, é o viral. Os sintomas ficam mais fortes e é preciso remover membranas que se formam devido ao vírus. O tratamento demora cerca de 15 dias e o paciente fica impossibilitado de trabalhar ou frequentar escola. A conjuntivite viral ainda pode ser acompanhada de ceratite, que é uma inflamação da córnea. Já a bacteriana é menos agressiva.
O tratamento, de qualquer tipo de conjuntivite, é feito por meio de colírios antibióticos e corticoides, de acordo com a causa.