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SEIS MESES | Gestão não teve pontos negativos até agora, segundo Sérgio.

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Passados os primeiros seis meses de mandato do prefeito Sérgio Azevedo (PSDB), ele concedeu uma entrevista exclusiva Poços Já Política. Questionado se houve algum ponto negativo até agora, o chefe do Executivo disse que não. Ainda foram abordados assuntos como a questão financeira da Prefeitura, o cumprimento das promessas de campanha e medidas que ainda serão tomadas. Sobre a realização da Festa Uai, evento tradicional do mês de agosto, Sérgio ainda não tem uma posição definida.

Sérgio informou que está analisando realização da Festa Uai (foto: arquivo Poços Já).

Poços Já: Quais os principais pontos positivos que você destaca destes seis meses de governo?

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Sérgio: Nosso principal desafio agora é a parte financeira. É nisso que a gente tem investido. Estamos fazendo redução de todos os contratos da Prefeitura e renegociações. Muitos destes contratos já foram finalizados, mas a comissão tem um prazo até outubro para poder concluí-los e trazer economia aos cofres públicos. Um dos principais serviços contratados, que trouxe uma grande redução para a Prefeitura, foi o da empresa de lixo. Isso gera uma economia na ordem de R$ 4 milhões ao ano. Tem também o contrato de consultoria, tínhamos uma empresa contratada para fazer as notas fiscais, um serviço que a gente já tinha aqui e que não tem custo nenhum para a Prefeitura, e, no entanto, tinha uma empresa contratada para fazer esse mesmo serviço ao custo de R$ 1 milhão por ano. Nós cortamos também.

Na área da saúde, acabamos herdando uma dívida financeira e de serviços muito grande. Atualmente, temos sete mil pedidos de exame de ultrassom aguardando na fila, 2,5 mil pessoas aguardando cirurgia e três mil olhos para serem operados no mutirão de catarata. Estamos tentando melhorar isso, o atendimento à população também.

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Também buscamos valorizar o trabalho do servidor público. No começo desse ano fizemos um repasse da inflação. Talvez esta seja a única Prefeitura do país que fez isso. Demos um aumento real aos servidores por justiça, porque tínhamos quase mil servidores ganhando menos que um salário mínimo. Ou seja, a gente recompôs uma defasagem que já vinha há anos acarretando essa diferença, que é injusta.

Poços Já: Nesse tempo, você chegou a sentir a cobrança da população em algum aspecto?

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Sérgio: Eu entendo que a população tem aquela vontade de que tudo aconteça imediatamente. Nossa vontade também era essa, que tudo acontecesse imediatamente, mas não podemos querer cumprir um plano de governo, que tem quatro anos para ser cumprido, em seis meses. Estamos criando as condições para que nosso plano de governo possa ser integralmente cumprido. Inclusive, nos próximos dias, vamos estar lançando esse plano de governo no nosso Portal da Transparência, onde a população inteira vai poder acompanhar todas as nossas propostas.

Poços Já: Tem alguma coisa que você considera que tenha sido um aspecto negativo ou que deu errado?

Sérgio: Acho que não. Algumas ações a gente ainda não conseguiu o resultado esperado. Como, por exemplo, a redução das horas extras, que está complicado. Por mais que a gente tenha conseguido reduzir, ainda precisamos ter uma redução maior. Isso está sendo feito com calma, para que a gente não prejudique o andamento dos serviços. Acredito que todas as medidas que foram tomadas são necessárias. Algumas são bem impopulares, mas eu já falava desde a época da campanha que faria isso. São medidas que qualquer administrador que estivesse no meu lugar teria que tomar.

Poços Já: Você vê alguma diferença entre o Sérgio candidato e o Sérgio prefeito? Quando entrou na Prefeitura, alguma perspectiva mudou?

Sérgio: De jeito nenhum. Quem pegar meu plano de governo vai ver que a gente está fazendo exatamente o que a gente propôs. Por mais que uma medida possa ser ‘dura’, nenhuma não está prevista no plano de governo. Todas as medidas que a gente toma já eram planejadas e sempre vendo a legalidade. Às vezes, a gente modifica alguma coisa e a pessoa reclama ‘Poxa, mas isso é assim há 30 anos’. Era assim há 30 anos, mas hoje não pode mais. A Prefeitura não é minha, é pública. A gente tem que seguir as leis e as elas mudam. Então, uma medida que antes era permitida e hoje não é mais, é minha obrigação resolver.

Poços Já: Uma das propostas que você coloca no seu plano de governo como imediata é a informatização da saúde. Em que pé está isso? 

Sérgio: Já começou, eu acredito que no final de julho, início de agosto, esteja tudo pronto para que a gente possa informatizar todos os postos. Isso vai trazer muita economia para a Saúde. Hoje, a gente gasta dinheiro por falta de controle e com essa informatização, vamos conseguir fazer um controle melhor.

Poços Já: Outra proposta é com relação ao piso salarial dos professores. O que você pode dizer disso?

Sérgio: Essa também é uma promessa de campanha. Em nenhum momento eu falei que ia cumprir no primeiro dia de governo. Temos até 2020 para cumprir. Já fiz uma proposta para os professores de cumprir 50% em 2018 e o restante em 2019. Esta é uma proposta possível, real. Não estou aqui para enganar ninguém, ficar prometendo coisas que a gente não pode fazer, nem ficar fazendo média. Estamos aqui para fazer o que é possível, o que é certo e correto. Esta é a proposta que fizemos e vamos cumpri-la.

Poços Já: Havia também a promessa de diminuir em 20%, os cargos comissionados. Isso Já foi feito?

Sérgio: Logo que eu entrei. Não conseguimos reduzir em 20% o número de cargos comissionados. Alguns, por necessidade, tivemos que nomear. Mas, em valores gastos, ou seja, pegando o valor de cada cargo comissionado, reduzimos em 22% ou 23%. Às vezes, você reduz em 20% o número de cargos, mas aqueles com valor baixo. Reduzimos os cargos com salários altos. Excluímos quatro cargos de secretários adjuntos, eram pessoas que ganhavam salário de R$ 10 mil.

Poços Já: Recentemente, a Câmara Municipal acusou o Executivo de fazer algumas contratações sem realização de concurso público. O que você tem a falar sobre esse assunto?

Sérgio: Eventualmente, o serviço público pode precisar de alguém por um período pré-determinado. Nesses casos, você não pode usar uma necessidade momentânea para contratar alguém que tenha feito concurso público. Na própria área da educação, muitas vezes as mulheres ficam grávidas e você tem que substituir um professor. Não tem como chamar alguém que tenha feito concurso para substituir alguém que vai ficar só quatro meses fora. Então, nesses casos, você contrata uma pessoa provisória. Acabando esse contrato, o funcionário é dispensado e a pessoa que estava de licença volta. Agora, caso seja para um cargo oficial, temos também a opção de contratar um funcionário provisório enquanto providenciamos a realização de um concurso público. Isso é normal.

Poços Já: Agora vamos falar um pouco sobre a realização de eventos na cidade. Existem muitos boatos de que a Festa Uai não vai ser realizada, é verdade? 

Sérgio: Ainda estamos avaliando isso, discutindo com as entidades locais, a Associação Comercial, o Sindicato dos Hoteis. Todos estão podendo opinar sobre qual seria o melhor procedimento: se é continuar realizando a Festa Uai em outros moldes, ou fazer uma nova festa. Essa não é uma decisão que a Prefeitura vai tomar sozinha, mas sim em conjunto, para ver o que é melhor pra cidade. Não tem nada descartado, pode ser que a gente faça, sim, a Festa Uai, ou pode ser que a gente faça uma festa nova. Acredito que até o final de julho tenhamos uma reposta.

Poços Já: Pretende encontrar alguma solução para o monotrilho?

Sérgio:  A gente ia chamar o proprietário para conversar junto ao Ministério Público, porque a gente não pode tomar uma decisão unilateral, sob pena de processo de indenização. Com o proprietário  já tivemos uma conversa informal, mas nada oficial para que possamos sentar e propor alguma coisa. Já tive propostas de terceiros querendo assumir o monotrilho para fazer algum investimento, mas temos que negar, porque precisamos resolver esse embate judicial para que a gente possa dar uma definição.

Esse ano ainda, vamos sentar para definir isso de modo que, nos próximos três anos, haja tempo suficiente para que alguma coisa possa ser feita no monotrilho e não seja objeto de outra campanha política. Nossa intenção é chegar num consenso entre Prefeitura, o proprietário do investimento e o Ministério Público.

Poços Já: O Distrito Industrial, como está?

Sérgio: Algumas indústrias já estão vindo para cá no próximo mês. Nesse mês a gente deve ter notícia de uma grande empresa se instalando. Já tivemos procura de outras duas grandes empresas que querem vir para Poços, já abrimos as negociações. Estamos fazendo alguns investimentos. Estamos asfaltando uma rua que vai possibilitar abertura de mais oito ou dez terrenos. Acabando esta, vamos fazer isso em mais ruas e, com isso, a gente vai ficar preparado para que, assim que as empresas quiserem se instalar, as condições sejam próprias.

Poços Já: Se você pudesse resumir esses seis meses de governo em uma frase, qual seria?

Sérgio: Muito trabalho. É o que a gente tem feito aqui, procurando fazer o melhor para cidade. E queria deixar a população bem tranquila que nosso plano de governo vai ser seguido à risca. Aquilo que a gente propôs não era só para ganhar a eleição, é o plano de governo que a cidade precisa. Estamos totalmente abertos a receber ideias da população.



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