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Poços de Caldas

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Diplomacia exige competência

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O Brasil vem seguindo na contramão em relação aos países emergentes, colocando pessoas incompetentes em postos chaves de grande importância no contexto da gestão pública.

Vimos, recentemente, com ampla divulgação nos meios de comunicação, a visita do nosso presidente à Rússia e à Noruega. O que poderia ser um avanço nas relações diplomáticas através de importantes encontros de chefes de estado tornou-se um verdadeiro vexame, envergonhando essa classe de bravos (e esquecidos)  diplomatas, que são especialistas no trato dessas questões.

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É de difícil compreensão que um ex-motorista de guerrilheiros e hoje senador seja o condutor de uma política exterior considerando o Brasil um dos expoentes e visto como um dos dez mais importantes nas negociações comerciais. A diplomacia é uma arte secular que vem dos primórdios da Grécia antiga e de Roma em todo o seu apogeu. Mas parece que aqui é apenas um repositório de políticos amigos do presidente ou protegido de líderes políticos. A síntese de toda essa esbornia foi o resultado humilhante da última visita do nosso presidente ao país escandinavo e à Rússia.

De certo, o cerimonial russo imaginou que sairiam do avião presidencial algumas  baianas e passistas da Mangueira logo em seguida ao desembarque da nossa maior autoridade. Precavidos acharam por bem preservar a imagem de Putin e mandaram alguns membros do segundo escalão para recepcionar Temer e sua tropa.

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Na Noruega, Temer trocou aquele país nórdico pela Suécia no seu principal discurso. A primeira-ministra deveria chamá-lo de Lula como resposta à total descortesia cometida. Mas preferiu se colocar como estadista respeitando os bons princípios da diplomacia.

As nossas autoridades deveriam delegar aos diplomatas de carreira toda a gestão da política exterior que vem sofrendo abalos incalculáveis com cortes no orçamento, em alguns países, com a falta de pagamento do aluguel, material de expediente e, em alguns casos, nos salários de funcionários.

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Não sei se posso, falta coragem, para contar algumas historinhas do Itamar quando foi nosso embaixador em Roma, residindo no Palácio Pamphili, na Piazza Navona. Passei quinze dias circulando pelos corredores daquele fantástico palácio, por ocasião da mostra que coordenei numa exposição dos mestres Paulo e Antonio Carlos Molinari. Fica para outra ocasião. Se tiver coragem de contar…

* Léo Bougeard nasceu no Rio de Janeiro e estudou Ciências Políticas na Europa em 1965. Formado em Direito, foi conselheiro para o comércio exterior da Bélgica por mais de dez anos, é cidadão honorário de Poços de Caldas e ex-Secretário de Turismo. Escritor e editorialista.

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