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Poços de Caldas

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Um URBANO MAIS HUMANO: um PASSEIO de volta ao PÚBLICO

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O  dia 10 de junho de 2017 começou cheio de esperanças. O jornal local anuncia em manchete:

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Jornal da Cidade, junho de 2017 (foto: reprodução).

VIVA!

Era o que me veio espontaneamente ao ler!

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VIVA! Devolveram nosso passeio.

Comemorei como criança ao ver a reportagem sobre o ‘desmonte’ do muro que se mantinha há anos sobre a calçada da rua Rio de Janeiro, aqui em Poços de Caldas.

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Coincidentemente, havia publicado em meu último texto da coluna “Calçada OU passeio”, sugerindo uma reflexão sobre o que e onde escolhemos viver.

Desta manchete, pus-me a refletir e logo me veio a mente Cecília Meireles, em seu lindo poema “Ou isto ou aquilo”, publicado em sua primeira edição em 1964 pela editora Giroflê-Giroflá, do poeta português Sidônio Muralha.

Rapidamente, concordei com ela: a vida é uma constante escolha.

Hoje, neste 16º texto sugiro esta reflexão: O que escolhemos? ISTO ou AQUILO?

I-S-T-O? É o que queremos?

Rua Rio de Janeiro em 1920. . Acervo do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas, coleção J. Ranauro.

OU queremos AQUILO?

E talvez não queiramos nenhum dos dois, ou NEM isto, nem AQUILO!

Reportagem do jornal da cidade – 10/06/2017 sobre a retirado do muro da Rua Rio de Janeiro em Poços de Caldas, MG.

Talvez não seja a Rua Rio de Janeiro de 1911 nosso desejo e nem a Rua Rio de Janeiro atual, de 2017, com o muro instalado há mais de 10 anos, engolindo nosso PASSEIO, mas talvez o que queiramos seja o pensar e o atuar sobre o que realmente é nosso por direito e origem: o espaço público.

Sim, um espaço público realmente público, meu, seu, nosso. Onde possamos conversar, sentar sem pagar ou consumir, andar sem cair nos buracos e armadilhas do calçamento.

Ter acesso, não somente ao calçamento liso e desobstruído da parcela que cabe ao pedestre, mas sim ter o PASSEIO PÚBLICO LIVRE, acessível como pede a norma da ABNT NBR 9050/15 ou pela Lei Nº 13.146, de 6 de julho de 2015, Lei de Inclusão da pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).

E repetindo o que escrevi na coluna deste jornal no dia 07 de junho de 2017 “Um urbano mais humano: Calçada OU Passeio”:

Enquanto a rua se destina a chegar, o passeio é o estar, o ficar, o se comunicar e viver, ou viver com outros, com diferentes, é o lugar nobre do deleite urbano.

Devemos nos ocupar dos espaços de deleite, da troca social, parcela da humanidade no espaço de todos.

*Adriane Matthes é arquiteta e urbanista – mestre e doutoranda em urbanismo  pela PUC Campinas; professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas campus Poços de Caldas.

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