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Reformas no condomínio da Rua Brasil

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Moro em uma casa na Rua Brasil, hoje um grande condomínio, que, se comparada com as casas da Rua Europa, não é lá muito antiga.

Um dos graves problemas nesta casa é que, lá atrás, não houve muito planejamento para a sua construção e, ao que se conta, era para ser apenas uma casa de veraneio de ricos moradores da Rua Europa. Porém, ao se descobrir que o terreno da casa, além de ser enorme, era muito fértil, “em se plantando tudo dá” como diziam, muita gente veio para construir muitas outras residências aqui.

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O local, então, passou a ser um enorme condomínio improvisado, já que, na verdade, o síndico não estava lá muito preocupado com os moradores, pois sua residência principal continuava sendo na Rua Europa. Contudo, mesmo sem um projeto estrutural, nem arquitetônico, sem saneamento básico, o condomínio foi crescendo com a chegada de muitas outras famílias que se encantavam com as belezas naturais, com o solo fértil e com o clima bem diferente da Rua Europa. Um dos moradores até colocou uma placa na sua residência com a seguinte frase: “Moro em um lugar tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”.

Assim, o condomínio, embora sem estrutura nenhuma, foi se expandindo, passando a ser disputado por muitos síndicos, que, ou foram colocados ali por imposição, ou eleitos como representantes dos moradores. Casas enormes, espaçosas, confortáveis, de muito requinte, de gente aristocrática, foram chegando, ao mesmo tempo, em que outras de muito menor porte, de pau a pique, palafitas, barracos, de gente muito simples, também ocupavam seu espaço dentro daquele enorme condomínio.

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Daí, como era de se esperar, os problemas começaram a se avolumar e muitas regras foram sendo criadas para buscar organizar a convivência entre moradores tão diferentes. Muitos grupos foram criados, chamados de partidos, e milhares de síndicos, ao longo do tempo, foram se revezando na administração do grande condomínio. Alguns tiveram até boas intenções, mas a maioria cuidou apenas de sua própria residência, que foram se transformando em palácios ao lado de favelas. Alguns síndicos fizeram apenas “puxadinhos” buscando notoriedade, e outros até comentaram, durante o processo de eleição para a escolha de novos síndicos, da necessidade de se fazer uma grande reforma. Porém, isto ficou apenas no papel e na palavra, cujo vento levou.

Assim, o que no início era apenas uma goteira se transformou em um grande vazamento. Aquela pequena rachadura na parede se ampliou, passando a comprometer toda os pilares da residência.

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Chegamos aos dias de hoje e os síndicos atuais (sem muita credibilidade, nem confiabilidade) resolveram colocar a mão na massa e iniciar o processo de reformas. Os moradores estão divididos: ex-síndicos contrários às reformas e que desejam voltar a administrar o condomínio; moradores interessados em continuar com suas residências e benefícios territoriais contrários também às reformas propostas; e ainda, os parcialmente contrários e os totalmente a favor.

Em meio a esta escala Likert (olha a estatística aí, gente), sobra a certeza de que demoramos demais para fazer as reformas e o condomínio, como um todo, está comprometido.

Outra certeza é a necessidade urgente de novos engenheiros, novos arquitetos e, principalmente, de novos síndicos que possam realmente reconstruir este grande condomínio nesta imensa rua chamada Brasil.

Mãos à obra!

*Wiliam de Oliveira é jornalista, professor universitário, escritor, palestrante e consultor de marketing empresarial.

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