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Poços de Caldas

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Carimbem meu passaporte

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Sempre acreditei que, apesar das nossas dificuldades, todo brasileiro deveria ficar no país. Lutar com o máximo de su…as forças para construir aqui sua vida, realizar seus sonhos, sem tanta dependência das instituições governamentais em suas diversas esferas (municipal, estadual e federal) para concretizar seus objetivos.

Tinha a convicção que o país do “jeitinho” tinha jeito. Bastava plantar neste solo as sementes da educação, trabalho, dedicação, persistência, respeito e honestidade e os bons frutos viriam com o tempo. Insistia com amigos que todo aquele que deixava o país seria um andarilho errante, sem lastro, sem laços, sem porto, sem chão.

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Estava enganado.

O Brasil tem se mostrado há anos, e durante o ano inteiro, o país do carnaval. As máscaras usadas pelos nossos políticos já não escondem (e nem precisam) as falcatruas que a todo momento revelam nossa podridão. Aqui a ignorância, a desonestidade, a dissimulação e a arrogância perderam a modéstia, zombam da nossa inteligência e desfilam na passarela das nossas misérias sociais.

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A nossa dor civil foi anestesiada. Vivemos anos de fantasias que chegam agora como uma permanente quarta-feira de cinzas. Somos mestres-salas da corrupção e a nossa bateria de escândalos é nota 10 em uma nação alegórica, amorfa e acéfala. Convivemos com mitos lunáticos, alucinados e “lulaticos”, dilmas falantes, eduardos e cunhas e na comissão de frente, os centenas de Bonecos Gigantes de Brasília.

A saúde na UTI, o trabalho na fila do desemprego, a educação reprovada e o povo esquecido na arquibancada, manobrado por um enredo servil e apócrifo. Somos um país livre com uma população refém de operadoras de telefonia, de bancos privados e estatais, de estradas sem asfalto, de portos sem navios, de diretores sem direção.

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O petróleo é nosso, o álcool é nosso e as dividas também.

Estamos parados no recuo, sem harmonia, descompassados e sem evolução. Somos porta-bandeira do futuro, mas o nosso passado de capitanias hereditárias se faz presente na avenida do tempo.

Estamos zicados e o mosquito transmissor da incompetência, da desonestidade, do desrespeito, pica todas as nossas instituições públicas e privadas.

Assim refletindo, me assusto com as janelas da minha casa trepidando na passagem de um carro de propriedade de um indivíduo sem ouvidos, ao som heroico-brado-retumbante de Wesley Safadão, “Me ame ou me deixe”.

É muita safadeza, Brasil.

Cansei de amar sozinho.

Carimbem meu passaporte!

*Wiliam Oliveira é jornalista, professor universitário, escritor, palestrante e consultor de marketing empresarial.

 

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