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Poços de Caldas

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Tremor não está relacionado a novas atividades vulcânicas, explica professor da Unifal

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O construtor Adriano Silvestre tinha 18 anos quando ocorreu o penúltimo tremor de terra registrado em Poços de Caldas, em 10 de fevereiro de 1995. Segundo ele, a vibração durou apenas alguns segundos e deixou muitas pessoas assustadas. “Estava em casa com meus pais, eu morava no bairro Santa Ângela, do lado da escola Washington Luiz. Foi forte, foi bem sentido no meu bairro na época. Eu lembro que foi maior correria, meus vizinhos todos assustados e eu também, mas foi coisa rápida, muito rápida”, relata.

Já o jornalista Daniel Souza Luz se recorda de outro tremor, que foi registrado pela UNB em 12 de julho de 1994, aproximadamente às 23h52. Dormindo no momento, ele chegou a ouvir o barulho de um transformador que estourou devido à vibração, mas não achou que fosse algo grave. “As pessoas sentiram o tremor. Eu sei que, quando acordei, me falaram que o transformador estourou devido ao tremor. Mas acordei com o barulho da explosão, não vi nada tremendo. E eu adolescente, muito sossegado, virei para o outro lado e dormi de novo”, lembra.

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Fenômeno natural

De acordo com o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB), as duas vibrações tiveram magnitude de 2.1 e 2.2 na escala Richter, relativamente menores que o tremor de 3.2 ocorrido nesta quinta-feira (12) em mais de vinte bairros da cidade e em municípios vizinhos. O professor da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Fabiano Cabañas, explica que esses fenômenos são naturais. “Estão associados a fraturas e falhas existentes na crosta terrestre. Como a crosta é rígida e sujeita a esforços tectônicos, em algum momento as falhas e fraturas não suportam as tensões e se movimentam, mesmo em áreas mais afastadas dos limites das placas tectônicas, como é o caso de Poços”.

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O geólogo também aproveita para desmentir um boato bastante recorrente de que o tremor teria relação com o fato da cidade estar em uma caldeira vulcânica. “Não há nenhuma evidência que o vulcão esteja entrando em nova fase de atividade”. Ainda segundo Cabañas, tremores de terra são relativamente comuns e o registrado na cidade foi de baixa intensidade. “Em áreas sísmicas podem ocorrer diariamente, áreas mais afastadas podem ser bem ocasionais. O evento de ontem foi medido pelo laboratório de sismologia da USP, com magnitude de 3,2 na escala Richter. Isso é considerado de baixa intensidade, tanto que pode ser confundido com vibrações causadas por caminhões ou obras”, finaliza.

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