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Outubro Rosa: Mulheres que venceram o câncer de mama

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Mônica Souza não perdeu o bom humor durante o tratamento contra o câncer (Foto: Bruno Rosa)

Os cabelos encaracolados e o enorme sorriso estampado no rosto de Mônica Souza, 50, não denunciam que ela está em uma das fases finais do tratamento contra o câncer de mama, que descobriu em setembro de 2011. A doença, que de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é responsável por 25% dos novos casos a cada ano, pegou Mônica de surpresa. “Eu sempre fiz mamografia porque minha mãe teve câncer de mama. Fiz o último exame em fevereiro de 2011 e fui diagnosticada em setembro”, conta.

Apesar do péssimo prognóstico feito pelo médico, que descobriu que o tumor que a atingiu no seio direito era maligno, a ex-secretária não se deixou abater. “Eu levei da melhor forma possível, porque eu sabia que tinha cura, não quis ficar me lamentando. Tem muita gente que vai fazer o tratamento lá e chora, reclama de tudo, eu não sou assim”.

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Patrícia Gil hoje é embaixadora da Fundação Laço Rosa, de apoio à pacientes de câncer de mama (Foto: Bruno Rosa)

Patrícia Gil, 40, compartilha do mesmo bom humor e força de Mônica. Diagnosticada com carcinoma no ano passado, a esteticista encontrou força no marido e nos três filhos para seguir em frente. “Por causa dos meus filhos eu evitava chorar, ficar jogada. Não deixei de ir em compromisso nenhum por causa da doença”, disse.

O tumor foi descoberto por Marcelo, o marido de Patrícia, que percebeu uma diferença entre os seios enquanto ela se trocava. “Marquei um exame assim que vi, fiz a mamografia e também um exame de pulsão. Quinze dias depois fiquei sabendo do resultado e surtei, pensei que fosse morrer”, relembra.

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Mercado de trabalho

Depois do diagnóstico, Mônica, que morava em Cabo Frio (RJ), se mudou para Poços até completar o tratamento. Desde então ela não conseguiu mais arrumar emprego por causa do câncer. “Eu não posso mentir, a cada seis meses eu preciso passar por uma bateria de exames e preciso tirar um dia do folga do serviço para isso. Quando digo isso, as pessoas normalmente acham que você vai ficar doente e dar trabalho e desistem da contratação”.

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Patrícia decidiu não parar de trabalhar, continuou no emprego de esteticista e também na faculdade enquanto fazia o tratamento. “Eu não parei de fazer nada que eu queria e gostava porque eu não aceitava a doença, achava que aquilo não me pertencia. E, em algum momento, aquilo ia acabar e minha vida ia seguir em frente, como de fato aconteceu”, disse.

Vaidade

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Vaidosa, Patrícia se maquiava e usava lenço até para as sessões de quimioterapia (Foto: Arquivo pessoal)

Patrícia e Mônica são extremamente vaidosas, por isso as duas afirmam que o momento mais difícil de todo tratamento foi a perda do cabelo devido às sessões de quimio e radioterapia. “Eu não queria que a vontade de cuidar de mim mesma acabasse por causa do câncer. Nunca saí de casa sem maquiagem e investi bastante em lenços. Depois de um tempo assumi a careca e passeava pela rua Assis sem lenço e nem nada na cabeça”, comenta Patrícia.

Mônica comprou tantos lenços durante o tratamento que hoje tem uma coleção com mais de 25. Assim que acabar de tomar os remédios, ela pretende doar para outras mulheres que estão começando as sessões de quimioterapia. Ela também faz visitas constantes à Unacon (Unidade de Atendimento de Alta Complexidade em Oncologia), onde conversa com as pacientes que estão em tratamento para auxiliá-las e apoiar neste momento difícil.

Patrícia atualmente é embaixadora da Fundação Laço Rosa, uma entidade de apoio às pacientes com câncer de mama que promove o corte e a doação de cabelos para confecção de perucas a pessoas com qualquer tipo de câncer em todo país.

Aprendizados

Se pudesse dar um recado para todas as mulheres que hoje enfrentam o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama, Mônica gostaria de lhes lembrar de serem felizes. “Não é fácil, não é mesmo. Você passa mal o ano inteiro por causa da quimio, da radioterapia e de tudo mais, às vezes emagrece porque não consegue comer nada, mas quanto mais feliz você estiver, mais rápido você vai se curar. Vai passar, só isso”, diz.

Patrícia diz o mesmo, mas com outras palavras. Ela pediria que as pacientes não parem de fazer o que gostam.  “Se não puderem trabalhar, busquem alguma alternativa de ocupação, formem grupos de auto-ajuda, estejam sempre juntas ou juntas de suas famílias. Nunca se isolem. Essa doença precisa ser vencida, ela tem cura sim, existe vida após o câncer. Isso é indiscutível”, finaliza.

 

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