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Poços de Caldas

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Encontro reúne estudantes com mestres da cultura popular

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Membros da Congada e da Folia de Reis se apresentaram para alunos durante o encontro (Foto: Divulgação)

Alunos do ensino fundamental da Escola Estadual Francisco Escobar participaram ontem (25) da primeira “Oficina de Saberes” de Poços de Caldas. O evento, que integrou a Primeira Semana Pedro de Caiapó, contou a presença da Capitã do Terno de Congadas de São Gerônimo e Santa Bárbara, Dona Orlanda da Conceição Silva, do Mestre Bucha (Aílton Fonseca), relações públicas da Associação de Ternos de Congos e Caiapós de Poços de Caldas e um dos protagonistas do auto da Embaixada do Terno de São Benedito e de Amadeu Francisco, coordenador de grupo de catira de Poços de Caldas e responsável pela Folia de Reis Brasil Esperança.

“O principal objetivo é que eles sejam os protagonistas, transmitam para as novas gerações o que viveram dentro do Congo e da Folia de Reis. É importante que estas crianças conheçam e reconheçam o valor imensurável que essas pessoas têm para a história da nossa cultura”, contou Jesuane Salvador, cantora e organizadora do evento.

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Outro propósito do encontro foi o de alertar para este tipo de cultura, que aos poucos perde seu espaço na cidade. “Ao mesmo tempo em que ganhamos a oportunidade de criar a Associação de Congos e Caiapós, estamos perdendo espaço dentro de Poços, até mesmo na festa de São Benedito. Precisamos nos unir para buscar leis de incentivo que nos ajudem a manter essa tradição”, disse o Mestre Bucha.

Mestres da Cultura Poços-Caldense

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Para Dona Orlanda, a oportunidade serviu como forma de incentivo aos jovens e fez com que conhecessem mais sobre Congos, os Caiapós e Folia de Reis. “Estou dentro do Congo desde os meus 8 anos de idade, hoje tenho 89 e vou continuar até quando Deus quiser. Quando eu me for, espero que outras pessoas possam continuar esse trabalho”, disse. Ela aproveitou também para falar sobre o preconceito que sofreu: “Muitas vezes me diziam ‘Nunca vi mulher nenhuma dirigindo Congada’ e eu sempre respondi ‘Não tem importância, eu sou a primeira'”.

Seu Amadeu, do Grupo Catira, falou sobre a fé em Deus: “Fui diagnosticado com dois tumores inoperáveis. Na época, a médica me deu apenas 20 dias de vida. Pedi três meses para que tentassem realizar a operação e viajei para Aparecida do Norte, lá pedi ajuda à Nossa Senhora e me entreguei nas mãos dos Três Reis Magos. Foi nesta época que comecei a participar da catira. Quando voltei ao hospital novamente, não tinha mais nada”. Ainda segundo os dois, participar da Congada e da Folia de Reis não interfere na religião: “Muitas pessoas pensam que isso vai interferir, mas nós também temos nossa religião e participamos dos grupos”, finaliza Dona Orlanda.

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