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Poços de Caldas

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4 ou 40?

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Jornalista Wiliam de Oliveira assina o segundo artigo da seção Poços 2020.
Jornalista Wiliam de Oliveira assina o segundo artigo da seção Poços 2020.

Me perguntam o “que eu quero para Poços nos próximos 4 anos” e me sinto limitado para responder a esta questão. Afinal, não conheço todos os bairros e todos os problemas deste município que cresce a cada dia, sem norte, sem bússola.

Gostaria verdadeiramente é de saber o que “nós” que vivemos aqui, queremos para esta cidade, no mínimo, nos seus próximos 40 anos.

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Temos vivido gestões reativas e pouco preparadas para entender a cidade a médio e longo prazo e, paralelamente, percebido a apatia da sociedade perante seus administradores públicos. Conseguiram, ao longo do tempo no país, matar a nossa dor civil. Já não nos indignamos mais.

Se o problema da minha rua está resolvido, não quero saber das outras ruas do meu bairro. O que dizer, então, da cidade como um todo.

Quando afirmo que precisamos nos preocupar com os próximos 40 anos, leia-se planejamento, não estou me referindo a ser futurista ou vidente e sim, reconhecer que qualquer ação no presente, pode, para o bem e para o mal, ter consequências no futuro de nossos filhos e netos.

Parece óbvio, mas, como disse Clarice Lispector, “o óbvio é a verdade mais difícil de enxergar”.

Penso que, inicialmente, necessitamos resolver problemas que parecem insolucionáveis. Como exemplos:

Até quando ficaremos discutindo a existência dos buracos nas ruas da cidade, fruto de um asfalto de péssima qualidade?

Até quando discutiremos o que fazer com o monotrilho? Até quando discutiremos o “trânsito caótico” notadamente na área central?

Até quando discutiremos “qual é a verdadeira vocação da cidade”?

Estamos infelizmente, vendo a árvore, sem enxergar o tamanho da floresta e assim, as consequências são imprevisíveis.  Parece que a linda Serra da Mantiqueira nos impede a visão e vivemos dentro da “nossa caverna” sem nos darmos conta que tudo muda a cada instante.

Continuamos nos encantando com o slogan “terra da saúde e da beleza, sem perceber que cresce o número de farmácias no município.

O gestor público não é mais aquele do “colocar a mão na massa” e sim o que coloca antes “a cabeça para pensar” munido de informações de credibilidade, para depois sim, tomar suas decisões junto com pessoas qualificadas e capacitadas.

Para não me estender, o que quero para Poços de Caldas é uma cidade menos vaidosa com a embalagem e mais preocupada com o conteúdo.

Com administradores públicos e toda a sociedade, enxergando “muito além do jardim”. Que além do perfume das flores, nos preocupemos mais com os espinhos que certamente existem nesta “cidade em technicolor”, para lembrar de um slogan antigo.

Uma Poços de Caldas para se viver melhor e não para se morrer melhor.

*Wiliam de Oliveira é jornalista.



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