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O inimaginável mundo dos drones

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Esses aparelhos não tripulados, criados a princípio para espionagem em cenários de guerra, estão cada vez menores e mais enxeridos. Nos conflitos, sua atuação está, a cada dia, mais ampliada. Carregados de armas, promovem ataques a alvos em terra ou mar, sem que sejam detectados pelos radares. Sem colocar em risco a vida dos tripulantes, só a dos atacados.

Mas o seu uso pela sociedade civil, longe das guerras, é que está a me preocupar. Por todos os lados já se vê a atuação dos drones com suas câmaras fotográficas e de gravação em vídeo digital.  São muitos os seus usos: reportagens, investigações criminais, procura por bandidos foragidos, atividades de vigilância em geral, controle de tráfego, reportagens televisivas, sobrevoo de locais sinistrados (terremotos, enchentes, incêndios etc.) e até simples brincadeiras, infantis e, principalmente, adultas. É um brinquedo de gente grande.

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Eles já voam desordenadamente pelos céus das grandes e pequenas cidades, sem nenhum tipo de regra. Basta comprar o seu e colocá-lo a sobrevoar os simples mortais, bisbilhotando aqui e ali. Em alguns países mais adiantados, e olha que são muitos, já se fala em utilizar esses robozinhos alados para fazer entregas em domicílios. Acho até que já estão fazendo isso. Vi recentemente uma reportagem, originada nos Estados Unidos, constatando que drones foram flagrados entregando maconha e aparelhos celulares em presídios. Irônico, não?

Devo reconhecer que, se realmente conseguirem fazer com que esses aparelhinhos trabalhem ininterruptamente para o lado do bem, pode ser que a pizza chegue quente em nossas casas. Isto porque os atrasos são frequentes nestes casos. Já aconteceu comigo: a pizza levou uma hora e quarenta minutos para chegar. Na verdade chegou para o almoço do dia seguinte, porque o jantar já tinha sido improvisado.

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Nas cidades grandes, uma das desculpas para o atraso na entrega da pizza é o trânsito. Com o uso dos drones, este problema é eliminado. Até, é claro, o céu se encher de drones entregadores (de pizza, jornais, livros, verduras e legumes, marmitas, maconha, cocaína e muitos outros produtos) e eles começarem a se trombar nos ares, espatifando as pizzas ainda quentes.

Isto se antes não criarem as regras para o deslocamento dos tais aparelhinhos. Porque sem essas regras esse negócio não vai acabar bem. Parece que a privacidade de todas as pessoas também está em risco. Em breve não haverá mais a possibilidade de fazer qualquer coisa com a janela aberta.

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Olhos eletrônicos estarão a nos observar por todos os lados, bisbilhotando continuamente todos os nossos passos e ações  realizadas na privacidade do lar. Além de que, se começaram a se chocar no ar, nossas cabeças também estarão correndo sérios riscos. Temos que lembrar também que o céu logo acima de nossas cabeças, bem abaixo das rotas dos aviões, sempre foi das aves voadoras, desde os minúsculos e velozes beija-flores até as aves de rapina que espreitam as presas das alturas mais rarefeitas. Pobres bichinhos voadores e canoros, em breve terão concorrência.

Enfim, o drone é uma invenção que está entre as mais espetaculares que o homem já criou, mas, não dá pra imaginar como é que será seu futuro. Apesar da amplidão do céu, hoje ainda ocupado pelos pássaros, certamente uma hora o teremos coalhado de drones. E para que todos eles possam transitar tranquilamente, sem trombar entre e si e com outros seres alados de carne e osso, certamente teremos que adotar regras.

Embora vejamos por aí muitas coisas que dependem de novas técnicas e ainda carecem de resolução, o certo é que o desenvolvimento  da tecnologia é muito rápido. Difícil até de acompanhar para nós, os mais velhos, já próximos do vencimento da data de validade.

O certo é que muitas coisas surgem muito antes da regulamentação de seu uso. Aqui no Brasil temos um caso muito significativo, que é a internet, que só recentemente ganhou regras específicas. Se assim acontecer com os drones, certamente veremos muitos abusos nos próximos anos, principalmente a invasão da privacidade do cidadão comum.

Enquanto não vem essa regulamentação, eu sugiro que nos defendamos com as armas possíveis e que não firam a lei. Por exemplo, um bom estilingue municiado com bolinhas de gude pode fazer um estrago danado num bichinho voador e bisbilhoteiro como o drone. Que esteja, é claro, a meter-se onde não é chamado.

 

 

 

 

 

 

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