- Publicidade -
16 C
Poços de Caldas

- Publicidade -

Militante entusiasta, atleta apaixonado

- Publicidade -
Vice-prefeito nasceu em Araçatuba (SP), mas os pais vieram do Líbano.
Nizar nasceu em Araçatuba (SP), mas os pais vieram do Líbano.

Nizar El Khatib já é conhecido pela dedicação ao esporte e por carregar no paletó a estrela do Partido dos Trabalhadores (PT). É vestido assim que ele nos recebe. Quando entramos no gabinete, o sorriso largo e natural do vice-prefeito vem à tona. E ele continua sorrindo durante a uma hora e meia de entrevista. A expressão muda somente ao falar sobre a morte da primeira esposa e quando reclama da imprensa. Para Nizar, a mídia é subdesenvolvida.

Durante a entrevista abordamos assuntos importantes, como o aeroporto local e os R$74 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Anunciados com orgulho, os recursos não chegaram. Defensor ferrenho e militante apaixonado pelo PT, Nizar demonstra que mantém a ideologia dos anos 80. Mas concorda com o ex-presidente Lula, que recentemente avaliou o partido como velho e sem utopia.

- Publicidade -

Poços Já: Você nasceu em Araçatuba (SP), mas qual a origem da sua família?

Nizar: Meu pai veio do Vale do Bekaa, um lugar muito interessante no centro do Líbano. Uma região de montanhas. No inverno essas montanhas ficam branquinhas de neve e quando há o degelo formam-se rios. A terra fica muito fértil e as frutas são as melhores do mundo. Maio e junho é época de cereja. Não tem cereja melhor do que a do Líbano, dessa região.

Poços Já: Você fala árabe?

Nizar: Eu falava só árabe quando eu tinha cinco anos, eu não falava português. Como tinha dois irmãos mais velhos, minha mãe começou a falar só em português em casa porque ela tinha medo que a gente tivesse dificuldade na escola. Hoje eu tenho no subconsciente, mas eu falo muito pouco. Entendo mais do que falo. Se eu ficar acho que uns seis meses lá eu retorno a falar.

Poços Já: Por que a sua família veio para cá?

Nizar: A França, depois da Primeira Guerra Mundial, começou a dominar aquela região, o Líbano e a Síria, e a impor algumas coisas. Meu pai era muito inteligente e queria continuar seus estudos. Ele era jovem, ia nas comunidades para dar aula porque ele gostava de fazer essas coisas. As faculdades eram caríssimas, não tinha condição de estudar. Então ele veio para o Brasil, chegou em São Paulo sem falar uma palavra em português, sem dinheiro. Meu pai era muito inteligente. Ele tinha uma biblioteca, depois que ele pode se estabelecer. Tinha Shakespeare, Victor Hugo, Karl Marx. Ele estudava tudo, tudo em árabe. Ele sabia da cultura do mundo.

Poços Já: Qual a sua formação e experiência profissional?

Nizar: Eu fiz Administração. Logo no primeiro ano já passei na Bosch, para um estágio administrativo importante que tinha. Saía até na Folha de São Paulo. Eram dois anos preparando você para ser gerente ou diretor da empresa.  Espalhava muitos currículos, aí a Champion, que é a International Paper, de Mogi Guaçu, me chamou para comércio exterior. Eu fiquei quase a carreira toda minha em comércio exterior. Fiquei 12 anos na Champion, depois fui para Limeira na Invicta, depois de alguns anos a Bosch me chamou de novo. Aí já tinham passado 20 anos. Fiquei feliz, depois de 20 anos, por voltar para a empresa que eu tinha começado. Mas aí outra empresa de Limeira me chamou, também na área de comércio exterior. Depois de quatro ou cinco anos eu abri uma empresa para mim, porque já tinha praticamente trinta anos de experiência em comércio exterior.  Meu irmão falava: “Você tem que ser consultor”.

Nizar é militante do PT desde os anos 80.
Nizar é militante do PT desde os anos 80.

Poços Já: Como foi o seu início na política?

Nizar: Na década de 80 surgiu o Partido dos Trabalhadores. Eu falei: “tô dentro”. Só que naquela época estava acontecendo quase igual agora. Batiam na gente como estão batendo agora. Eu acho que são momentos distintos, mas que a gente sempre sofreu. Quem luta por direitos humanos, num país conservador, com uma elite conservadora, vai sofrer sempre. Mas nós temos que continuar na luta.

Poços Já: Imaginava chegar a ser vice-prefeito?

Nizar: Eu nunca imaginava. Eu era secretário de formação política dentro do PT aqui em Poços. Mas eu nunca quis me candidatar, mesmo em Mogi Guaçu ou Limeira. Eu fazia a estratégia, apoiava os candidatos. Aqui em Poços um dia aconteceu de me chamar. A gente, que é soldado do partido, tem uma hora que tem que aceitar. Aceitamos e fomos para a vitória.

Poços Já: O cargo de vice-prefeito é discreto. Qual é exatamente a sua função no governo?

Nizar: O vice-prefeito, se for pela lei, é aquele que substitui o prefeito na ausência dele. Por isso que o vice-prefeito não aparece em cidade nenhuma. O cara fica em casa, vai de vez em quando. Eu não, eu participo de todas as reuniões aqui do gabinete, atendo todo mundo que quer ser atendido. As pessoas mais simples. A Jaqueline (secretária) enche minha agenda e eu atendo todo mundo, porque quase todos que eu estou atendendo aqui eu pergunto: “Quantas vezes você entrou aqui?”. E nunca entrou, é quase 100% essa reposta.

Poços Já: Você também tem uma ligação muito forte com o esporte. Quando começou a correr?

Nizar: Eu tenho 557 provas, maratonas de 42 quilômetros eu tenho 25. E como eu corria muito forte, dessas 25 são 14 abaixo de três horas. Um ano antes do exército, quando estava no científico, eu e um amigo meu corríamos. Mas aí falavam: “Pega ladrão!”, porque ninguém corria naquela época. Aí eu comecei a treinar. Quando entrei no exército tive corrida de teste, no meio do ano, depois de estar bem preparado. A gente venceu fácil a corrida lá. Falei: “Porra, que fácil é esse negócio”. Aí teve outra no final do ano e eu venci melhor ainda. Mas só que naquela época não existia corrida no país. A gente ouvia falar da São Silvestre, mas era uma imagem para profissionais e estrangeiros. Agora não, todo mundo quer fazer São Silvestre, agora existem corridas no Brasil inteiro, em todas as cidades praticamente.

Poços Já: Como você chegou em Poços?

Eu sempre gostei de Poços, sempre competi a Volta ao Cristo aqui. Deus levou minha esposa, depois de dois anos de tratamento. Foi a minha primeira namorada, minha mulher e eu sempre fui dedicado para a família. Sofri muito, fiquei sozinho.

Poços Já: Quando foi isso?

Isso foi em 1999. Ela teve câncer de mama. Eu dava assessoria em uma empresa em Jacareí, eu ia de Limeira a Jacareí chorando. Eu ficava desidratado. Parece que ia envelhecendo a cada dia, sofri muito mesmo. Você vê quem mais amava ir embora, foi difícil. Depois de um tempo um amigo de Campinas me convidou para um almoço. Eu tinha acabado de treinar, acho que era um domingo. Morava em Limeira. Aí cheguei lá na casa do meu amigo. A irmã da mulher dele é a Angélica, que é minha esposa hoje. Ela é de Poços, trabalhava na Receita Federal. Já era divorciada há 10 anos. Ela me olhava com interesse, mas eu estava para fazer o Ramadã, naquele período. Eu não a via como mulher, via como um ser humano. Não tinha interesse. Fui para Foz do Iguaçu fazer o Ramadã com meu primo. Depois ela foi assistir a Volta ao Cristo e começamos a nos relacionar. Eu vi que ela é uma pessoa incrível e deu tudo certo. Hoje é uma companheira e tanto, inclusive na questão de pensamento social, pensamento humano. Me ajuda muito, uma pessoa incrível.

Poços Já: Como é ser muçulmano no Brasil?

Nunca fui discriminado. Pelo contrário, como a gente sempre foi muito simples, sempre teve uma boa aceitação. Tanto é que aqui em Poços, por exemplo, eu já dei acho que umas trinta palestras sobre cultura árabe e islamismo. As pessoas têm curiosidade. Tem muitas moças daqui que já se converteram ao islamismo.

Poços Já: O que leva essas pessoas a mudarem de religião?

Eu não chamo de religião, eu chamo de um código de vida. O islamismo orienta as pessoas a terem um comportamento diferenciado, a ter o próprio jejum, que é cuidar da saúde também e não se envolver muito com os interesses materiais, ser mais espiritual. Quando as pessoas começam a conhecer um pouco elas se interessam.

Poços Já: Você sofreu um infarto recentemente. Foi o esporte que salvou sua vida?

Com certeza. Foram dois terços do coração e a artéria principal, qualquer um poderia ter estado em óbito. Eu imaginava que eu nunca ia ter um problema de coração. Maratona é uma coisa impressionante, de um esforço impressionante. Passei por esses testes a minha vida inteira. Pode ter sido um stress emocional. Eu não sei como explicar isso, o que acumularia de stress.

Poços Já: Depois disso houve uma mudança no ritmo de trabalho?

Sim, o médico me obrigou. Sempre entrei muito cedo e trabalhei até de noite, sábado e domingo. Estou fazendo um pouquinho mais de descanso do que eu fazia. Isso é regra médica, eu tenho que atender. E remédio, que eu nunca tomei na vida, estou tomando um pouco agora.

Nizar já participou de mais de 500 provas de corrida.
Nizar já participou de mais de 500 provas de corrida.

Poços Já: Nesses dois anos e meio de administração, quais são as principais dificuldades?

A política é difícil, é morosa. As coisas não acontecem no ritmo que a gente quer. Quando nós entramos aqui a Secretaria de Saúde estava inadimplente com o Ministério da Saúde, em Brasília.  Todos os documentos estavam errados, incompletos. A doutora Cidinha, que foi nossa primeira secretária de saúde, correu para lá e acertou os papéis. Com isso nós trouxemos cinco postos de saúde para Poços. Quando nós fizemos a licitação, que tinha um prazo curto, tem empreiteiro daqui de Poços que contratou outras empreiteiras para melar a nossa licitação. Não vou falar o nome agora, mas vocês vão descobrir. Íamos perder o prazo realmente, porque não ia dar tempo de fazer outra licitação. Corremos para Brasília, o Odair Cunha ajudou e conseguimos prorrogar por mais um tempo.

Poços Já: Quais as principais conquistas e falhas, na sua opinião?

Aqui todo mundo falava que a Circullare manda em qualquer prefeito. Nós conseguimos ficar 2013 e 2014 sem um aumento de tarifa. Isso historicamente em Poços de Caldas nunca aconteceu. Agora aumentou só 20 centavos, mas nós exigimos da empresa que reforme o Terminal, que faça outros pontos, que reforme todos os pontos da cidade, que coloque ônibus mais novos, como já colocaram. Isso também me dá muita alegria.

A última empresa que veio para Poços de Caldas foi a Ferrero, já faz quase vinte anos. Na época do Paulo Tadeu ele comprou o terreno do Distrito Industrial, mas era um mato. Tanto é que só tinha competição da Mitsubishi lá. Antes da gente entrar, assim que a gente ganhou a eleição, já começou a chamar alguma empresa que estava querendo conversar. As empresas que tinham feito protocolo de intenção mas nunca voltavam, porque não tinha asfalto, não tinha luz, não tinha telefone. Nós fizemos um projeto de confiabilidade e eles confiaram. Hoje nós estamos aplicando oito milhões em asfalto, lá no Distrito Industrial. Conseguimos regularizar as licenças ambientais e logo no início do nosso mandato a Thyssenkrup aprovou a vinda para Poços. Ela tinha dez cidades no Brasil para se instalar.

Poços Já: E quais seriam as falhas?

Eu fico um pouco agoniado porque nós não conseguimos dar os aumentos que a gente queria. Nós demos muito mais aumentos, atualizamos a inflação todos os anos. Coisa que outros prefeitos não estavam fazendo. Teve ano que deram zero, outro ano deu dois porcento, outro ano deu um. Nós não tivemos verba, entramos com 43 milhões de dívidas de governos anteriores. Isso me dá essa agonia, essa mágoa de pegar a casa desorganizada. É a ansiedade pela não conquista de ter a casa em ordem economicamente. Nós estamos pagando tudo, direitinho, mas nem sempre do jeito que a gente quer.

Poços Já: Temos uma prefeitura do PT, governo estadual do PT e governo federal do PT. Mesmo assim os R$74 milhões não vieram. O que aconteceu?

Foi o seguinte: um erro de cálculo lá em Brasília, que dentro do PAC estavam determinando algumas verbas e quando foram refazer as contas viram que naquele momento não era possível. Perguntaram o que é básico para nós. Nós precisamos pelo menos reformar a (avenida) Santo Antônio, são cinco milhões. Garantiram isso, e depois gradativamente. Muitas coisas serão garantidas. Eu não sei se voltam esses 74 milhões, é uma pena não vir tudo isso. Mas nós teremos outros investimentos grandes. A partir deste mês vamos fazer a Marechal, embutir todos os fios, aumentar as calçadas, vai ser a coisa mais linda. Em seguida, vai ser a Santo Antônio. Vamos tirar as calçadas e jogar para dentro do rio com um deck, coisa mais linda. E vamos também começar a João Pinheiro.

Poços Já: Essa verba já chegou?

Os cinco milhões estão disponíveis. E nunca a cidade recebeu nem um milhão. Cinco milhões são bastante dinheiro também. Nós vamos ter condições de fazer essas reformas todas no Centro, que ninguém nunca teve coragem. Nunca teve coragem nem de por radar, e hoje o radar diminuiu os acidentes fatais.

Poços Já: Essas obras serão concluídas até o final do mandato?

Sim. Talvez não conclua o Minha Casa, Minha Vida. Vamos fazer 900 unidades. Brecou um pouco o orçamento, mas vai acontecer. Vamos começar logo com a construção. Isso vai ser um aquecimento para a economia de Poços incrível. Imagina 80 milhões, que vêm para a construção. Vamos usar o nosso comércio, na venda de materiais para construção, e mais ainda. Lá na construção vão ser uns quinhentos funcionários.

Poços Já: E sobre o presídio? Poços de Caldas não aparece na lista do governo estadual.

O governo do estado já tinha prometido o Centro de Convenções, presídio, uma série de outras coisas, e nunca fez. Assim que assumimos, o Eloísio chegou lá no governo e falou: “Me mostra a verba”. Não tinha verba, nem para presídio nem para Centro de Convenções. O terreno do presídio era da prefeitura, que nós doamos para construção. Só que a licitação, de novo aquela empresa, que melou inicialmente a construção das UBS, entrou com documentos falsos. Nós estávamos na ponta para receber a verba, outras cidades passaram. Nós vamos voltar à pauta.

Poços Já: Acredita que a situação pode melhorar ainda durante este mandato?

Nizar: Eu tenho certeza: nós vamos estar bem melhores ano que vem. Esse ano está duro mesmo. Tem cidades que está atrasado o décimo terceiro. Nós não. Estamos dando aumento da inflação, melhoramos agora para 165 dias a licença-maternidade. Ano que vem já vai para 180, foi um compromisso nosso. Nós estamos com tudo em dia nessa questão. Ano que vem, essas verbas vão ser a maioria aprovadas. Acredito que esse ano ainda a gente tenha notícia do presídio.

Poços Já: E quanto ao aeroporto?

Nizar: Entre 200 aeroportos, nós estamos entre os cinco primeiros. O projeto executivo ficou pronto no começo de 2014. Mas quando a presidenta Dilma aprovou 30 milhões o Estado não tinha a contrapartida, porque quem ia construir era o Estado. Não tinha seis milhões, então travou. Estamos aguardando as aprovações. Outra coisa que eu tenho esperança, e acho que dá pra ficar pronta até o fim do mantado, é a volta do trem turístico. Nós conseguimos os trilhos e os dormentes. Tem uma empresa que tem já a máquina locomotiva e os vagões.

Nizar é formado em administração de empresas e trabalhou na área de comércio exterior.
Nizar é formado em administração de empresas e trabalhou na área de comércio exterior.

Poços Já: Hoje o PT vive um momento complicado. O Lula disse, na segunda-feira, que se tornou um partido velho e sem utopia. Você concorda?

Nizar: Concordo plenamente. Nós começamos com uma utopia, mais direitos aos trabalhadores. Isso foi conseguido, em parte. Mas hoje nós estamos em um bloqueio muito grande. Eu diria que não é o partido em si, é que a mídia fala que é o partido. Se você for ver na história do Brasil, na questão da corrupção, nós não tínhamos PT ainda e foi levado todo nosso ouro embora, toda nossa riqueza, a exploração dos negros. Nosso partido que está trazendo justiça social. Mas existe essa força que estou dizendo, de um conservadorismo de forças políticas fortes e da mídia, que fez uma propaganda muito grande contra o PT.

Poços Já: Mas a ideologia mudou?

Nizar: Mudou também, o Lula está certo. Muita gente foi para o poder, que às vezes não tinha a mesma ideologia de quem começou. O partido vai precisar dar um chacoalhão, uma reciclagem muito forte. Mas não tenho dúvidas que vai continuar sendo um partido popular.

Poços Já: Isso acontece também em Poços?

Nizar: Em Poços não. Lógico que muitas pessoas importantes estão no governo, mas Poços não tem essa questão de ter um problema interno no partido. Está normal. Poderia ter crescido mais. Existe ainda um interesse pelo Partido dos Trabahadores, tem gente que me pede estrelinha todo dia. Eu compro, em Brasília, ando com estrelinha. Nada é de graça. É um partido popular, não adianta. Aconteceram problemas? Aconteceram. E nós temos que limpar.

Poços Já: Você reclama da forma como a mídia aborda as questões nacionais. Mas e quanto à mídia  local?

Nizar: Quando nós entramos, nós estávamos em lua de mel, estava muito bonito o que a mídia estava falando, entusiasmada com nossos projetos. Nós estamos fazendo nossos projetos acontecerem, mas a mídia não dá a devida importância para tudo da forma como deveria. Sai sempre a questão de polícia, de sangue, na primeira página. Eu falo para os donos de jornal que notícia ruim não vende mais do que notícia boa. Vamos supor o seu filho, que apareça em um acidente sangrando no meio do asfalto. Aí você põe a foto dele colorida na primeira página. Você acha que vende isso? Ou se o seu filho, essa mesma criança, do colégio tal, está levantando um troféu de melhor em matemática ou na corrida, ou no basquete, na primeira página, colorida. O colégio inteiro compra aquele jornal, até diretor, professor, amigo, família e tudo. É diferente. E outra coisa: ler notícia ruim todo dia, o que causa na gente? Um sentimento ruim na pessoa. A neurolinguística é assim. Para uma população, qual o interesse do veículo? É diminuir a autoestima, a alegria, ou fazer aumentar a autoestima e a alegria, em uma cidade linda como Poços? É isso que eu penso da mídia. Acho que a mídia é subdesenvolvida.

Poços Já: Você pretende ser candidato na próxima eleição?

Nizar: Eu nunca fui candidato.

Poços Já: Estar na chapa do PT.

Nizar: Eu sempre participei do PT em tudo que precisasse. Se novamente o diretório falar que são os mesmos nomes, eu topo. Acho que o nosso projeto é muito bom. Nosso projeto está transformando Poços de Caldas não só na parte humana, mas de desenvolvimento.

Poços Já: Já tem alguma conversa nesse sentido?

Nizar: Não, ainda é cedo. O diretório que vai definir. Eu tenho uma confiança plena pela sabedoria, pelo mandato bonito que está sendo feito, que o Eloísio vai ser reeleito. Nós ganhamos em todas as urnas, criou-se um clima na cidade de coronel nunca mais. Isso é muito forte, quando o povo fala isso. As empresas não começaram a admitir ainda. Quando as empresas que estão no Distrito Industrial, que são muitas, começarem a admitir, aí vai refletir na cidade.  E vai acontecer a partir do final do ano.



- Publicidade - Laboratório Prognose
- Publicidade - Laboratório Prognose
- Publicidade - Laboratório Prognose
- Publicidade - Laboratório Prognose
Veja também
- Publicidade -






Mais do Poços Já
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Don`t copy text!